Estado tem sido castigado pelo fenômeno há mais de um ano
Devido às chuvas acima da média nos últimos meses no Nordeste, a seca desapareceu no Maranhão e ficou mais branda em cinco estados da região em janeiro: Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Piauí. Por outro lado, a severidade do fenômeno se manteve estável em Alagoas, Rio Grande do Norte e Sergipe. A seguir veja a situação atualizada de cada estado nordestino segundo o Monitor de Secas.
Em janeiro foi observada a estabilidade da seca em Sergipe em comparação a dezembro. Nesse período as áreas com seca moderada seguiram no patamar de 54% do estado, o que representa a menor severidade do fenômeno desde setembro de 2020: 19% de seca moderada. Da mesma forma, a área total com o fenômeno abrange 100% do território sergipano consecutivamente há 1 ano e 4 meses, desde outubro de 2020, maior sequência entre os estados nordestinos.
Cinco estados registraram seca em 100% do território no último mês: Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
Seca nos estados do Nordeste
Na comparação entre dezembro e janeiro, Alagoas teve a permanência da severidade do fenômeno com a manutenção da seca moderada em 18% do estado – quadro mais brando desde dezembro de 2020, quando 14% do território alagoano passou pelo fenômeno. Em termos de área com seca, Alagoas seguiu com 45% de seu território com a presença do fenômeno em comparação a dezembro. Essa é a menor porção com seca desde julho de 2020, quando foram registrados 29% nessa situação.
Em janeiro a severidade do fenômeno teve um abrandamento na Bahia com o recuo da área com seca moderada, que caiu de 6% para 2% do estado em comparação a dezembro. Com isso e com os 15% de seca fraca, a Bahia registrou a menor severidade do fenômeno em seu território desde o início do Monitor de Secas em julho de 2014. Em janeiro a área total com seca caiu de 27% para 17% do estado, o que representa a menor área com o fenômeno na Bahia também desde o início do Monitor de Secas, sendo que o menor percentual anterior tinha sido registrado em dezembro de 2021: 27%.
Segundo o Monitor de Secas, em janeiro o Ceará teve um leve recuo da área com seca de 90% para 89%, o que representa a menor área com o fenômeno no estado desde dezembro de 2020, quando 83% do território cearense registrou seca. Em termos de severidade, houve uma significativa redução da área com seca moderada de 32% para 3% do estado. Além disso, outros 86% do território passaram por seca fraca. Esta é a menor severidade desde dezembro de 2020, quando a seca moderada no foi registrada e houve seca fraca em 83% do Ceará.
Em janeiro a seca desapareceu no Maranhão com o recuo de 11% para 0% do território com o fenômeno em comparação a dezembro. Desde o início do Monitor de Secas em julho de 2014, essa é a primeira vez que o estado fica totalmente livre de seca. Em janeiro o Distrito Federal e o Espírito Santo foram as outras duas unidades da Federação sem o registro do fenômeno. Como o Maranhão deixou de registrar seca em janeiro, não houve variação da severidade do fenômeno.
No caso da Paraíba, a área total com seca recuou de 100% para 85% do estado em janeiro, que que representa a menor área com o fenômeno desde dezembro de 2020, quando 83% do território paraibano passou por seca. Desde maio de 2021, esta é a primeira vez que o estado registra áreas livres do fenômeno. Além disso, houve o abrandamento da seca na Paraíba, já que a seca fraca desapareceu em 15% do estado. Com seca grave em 33% da Paraíba, o estado registrou a situação mais branda do fenômeno desde novembro de 2021, quando 40% do território passou por seca grave.
Pernambuco, entre dezembro e janeiro, teve o abrandamento da seca em relação a dezembro com o forte recuo da seca moderada de 62% para 42% do estado. Esta é a condição mais branda no território pernambucano desde janeiro de 2021, quando 37% de Pernambuco passou por seca moderada. Em termos de área total com a presença do fenômeno, houve uma redução de 94% para 89% entre dezembro e janeiro – menor área com seca no estado desde agosto de 2021: 88%.
No Piauí a área com seca recuou de 44% para 32% de seu território entre dezembro e janeiro, o que representa a menor área com o fenômeno no estado desde o início do Monitor de Secas em julho de 2014. Quanto à severidade da seca no Piauí, houve o desaparecimento da área com seca moderada em janeiro. Sendo assim, o estado registrou somente seca fraca e a condição mais branda do fenômeno também desde julho de 2014.
Entre dezembro e janeiro, o Rio Grande do Norte manteve a severidade da seca, que seguiu no patamar de 62% de seca grave no estado, que é a condição mais severa do Nordeste. Ainda assim, a situação desse período é a menos severa desde outubro de 2021, quando 75% do RN passou por seca grave. A área total com o fenômeno também segue estável, já que a seca é registrada em 100% do Rio Grande do Norte consecutivamente há 1 ano e 2 meses.
Monitor das secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses.
Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
Da Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM) / Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
Cadastre seu e-mail e receba do nosso blog muitas novidades.