Poder e Cotidiano em Sergipe
18 de Maio 17H:34

Assembleia recebe representantes da Deso, do DNIT e do Crea, para tratar sobre queda da ponte


Na manhã dessa segunda-feira (18) a Comissão de Obras Públicas, Desenvolvimento Urbano, Transportes e Turismo, da Assembléia Legislativa de Sergipe, presidida pelo deputado Augusto Bezerra (DEM), se reuniu com o representante da Companhia de Saneamento de Sergipe - Deso, Edson Barreto, diretor de meio ambiente e engenharia; o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, Gustavo Defilippo e o superintendente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe - CREA/SE, Arício Rezende.

A reunião teve como objetivo prestar esclarecimentos à casa legislativa e à população sergipana, sobre a queda da ponte Pedra Branca, que impossibilitou o fornecimento de água por mais de uma semana, ao estado de Sergipe. Na ocasião, os deputados puderam fazer questionamentos sobre a responsabilidade da manutenção da ponte.

Durante a reunião foi apresentada a Lei nº 5713/2005, homologada na Assembleia Legislativa, que dispõe sobra a obrigatoriedade, por parte do Estado de Sergipe, de perícias anuais em pontes em viadutos de sua jurisdição. Essa lei foi apresentada pelo Crea, que é o órgão responsável por todos os registros de obras e o seu superintendente, Arício Rezende, entendeu como responsabilidade do Estado as obras de manutenção dessa e de outras pontes. “Sergipe perde mais uma obra de engenharia, uma obra diferenciada por sua beleza, que servia até para o turismo. Foi uma ponte construída historicamente em 25 de agosto de 1933, portanto com 82 anos, então a gente lamenta que a engenharia de Sergipe tenha perdido mais uma obra, por descaso do poder público. Mas afirmo que não cabe ao Crea responsabilizar possíveis culpados”, pontuou.

De acordo com Gustavo Defilippo, o DNIT só se responsabiliza por pontes e rodovias que estão em pleno uso por pedestres e automóveis, sendo que a ponte Pedra Branca já estava em desuso nesse aspecto, servindo apenas para a passagem dessa adutoras da Deso. Ele também afirmou que o DNIT cedeu sua ponte, localizada ao lado da antiga ponte, no prazo de até um ano, para que a Deso pudesse fazer as obras emergenciais da adutora, amenizando a situação do fornecimento de água em Sergipe.

Segundo Edson Barreto, diretor de meio ambiente e engenharia da Deso, a Deso não tinha como prever esse acidente. “Em nenhum momento a ponte apresentou sinais que estava na iminência de desabar, uma ponte daquele porte não rompe de uma hora para a outra, para nós da Deso foi um fato atípico”, afirmou Edson Barreto que completou dizendo que um laudo da Companhia de Saneamento vai poder esclarecer melhor o que de fato ocorreu para que ponte caísse.

Ainda de acordo com Edson, a adutora emergencial está tendo o suporte de uma outra ponte, do DNIT, mas a obra definitiva está sendo realizada e tem um prazo de 180 a 270 dias para sua conclusão. Essa obra definitiva não poderá utilizar a estrutura do DNIT e vai ser suportada por uma nova estrutura que substituíra a antiga ponte Pedra Branca.

As duas tubulações que passavam pela ponte serão substituídas por uma única tubulação, de 1800 milímetros, correspondendo à dimensão das anteriores e com um novo material de aço carbono, mais leve do que o material usado nas tubulações que caíram, que era de ferro fundido.

Ao final da reunião, o deputado estadual Garibalde Mendonça (PMDB), que no momento estava presidindo a reunião, falou da importância desses esclarecimentos. “Foi muito importante essa reunião, pois algumas dúvidas foram realmente tiradas, dúvidas com relação a queda da ponte e outros questionamentos. Então foi muito proveitosa, alguns documentos foram requisitados pelos deputados e essa documentação será apresentada pelos seus devidos representantes, do DNIT, do Crea e da Deso”, afirmou.

Garibalde também destacou que cada órgão tem uma área de atuação específica neste caso da ponte. “Todos têm uma participação em tudo isso, claro que foi uma ponte que foi construída há 82 anos atrás e que estava completamente inutilizada, servindo apenas para a passagem da adutora da Deso e aconteceu esse colapso. Eu penso que a hora não é de minimizar os problemas e sim maximizar para que se possa encontrar as soluções e foi o que foi feito competentemente pela Deso, claro que com a ajuda de outros órgãos como: Fafen, Petrobrás, Polícia Federal, DNIT e o próprio exército brasileiro. Isso foi muito bom para mostrar que o Estado de Sergipe está preparado para lhe dar com esse tipo de situação, mas esperamos que isso não aconteça mais, que ocorra realmente um trabalho de prevenção”, disse.

Fonte: Agência Alese

Comentários

  • Seja o(a) primeiro(a) a comentar!

Deixe seu comentário

Imagem de Segurança
* CAMPOS OBRIGATÓRIOS

Newsletter

Cadastre seu e-mail e receba do nosso blog muitas novidades.