O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou um estudo que destaca a disparidade nas abordagens policiais em domicílios em busca de drogas entre bairros ricos e pobres, predominantemente brancos e negros, respectivamente.
O estudo, intitulado "Entrada em Domicílio em Caso de Crimes de Drogas: geolocalização e análise quantitativa de dados," revela que bairros mais abastados e de maioria branca são praticamente imunes a essas incursões policiais.
As descobertas, baseadas em processos judiciais de tráfico de drogas, revelam que 45% das vagas em universidades públicas do Nordeste estão concentradas em bairros mais ricos, enquanto o Sudeste abriga 32% das vagas. O estudo destaca a mudança no Sisu para uma única edição anual em 2024 e a oferta de 264 mil vagas para o primeiro e segundo semestres.
No estudo sobre abordagens policiais em domicílios, a pesquisa revela que, em casos de entrada com mandado judicial, a diferença racial entre réus brancos e negros diminui significativamente. A análise destaca uma possível proteção jurídica maior ao domicílio de pessoas brancas, enquanto pessoas negras enfrentam maior propensão a abordagens sem necessidade de autorização judicial.
As principais motivações para as abordagens incluem patrulhamento de rotina, comportamento suspeito e denúncias anônimas. A pesquisa ainda fornece uma análise qualitativa em cinco capitais, destacando a incidência de entradas em bairros mais pobres e de população majoritariamente negra. As conclusões ressaltam a necessidade de revisão e equidade nas práticas policiais.
Com informações do IPEA
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Foto: Silvio Rocha
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