
Mesmo com a tão falada crise econômica e queda nos repasses federais, o vice-governador Belivaldo Chagas (PSB) acredita que Sergipe continuará crescendo e recebendo investimentos.
Ele lembra que só o Proinveste representa R$ 430 milhões em obras e que o estado continua atraindo indústrias importantes. O vice também afirmou que a redução de gastos é uma realidade no governo, que segundo ele, não está parado.
Questionado sobre uma possível candidatura em 2018, Belivaldo diz que seu foco é a administração e nega uma possível saída do PSB – ele garante que é aliado do senador Valadares há anos e continuará sendo. Leia a seguir a conversa com o vice.
BLOG DO MAX - Vice-governador, o país e os estados brasileiros enfrentam um ano difícil na economia. Como o governo pretende ultrapassar este momento e garantir investimentos para Sergipe?
Belivaldo Chagas - O Brasil começa a sentir os efeitos da crise econômica que atingiu todas as grandes economias mundiais a partir de 2009. Sergipe sente as consequências com queda nos repasses federais e na arrecadação, porém, trabalhamos para manter o desenvolvimento e crescimento que alcançamos ao longo dos últimos oito anos. Temos convênios com o governo federal e a Caixa Econômica, por exemplo, nas áreas de habitação e mobilidade. Somente com Proinveste, são mais de R$ 430 milhões em obras de infraestrutura, saúde, pavimentação e urbanização. Também temos uma política industrial sólida, que posiciona Sergipe como um estado bem visto por empresários e investidores. Prova disso é a chegada de empresas internacionais como a Yazaki, Saint-Gobain e recentemente o Grupo Ferreira Costa, que investirá R$ 80 milhões e gerará 500 empregos diretos em Aracaju e o grupo cimenteiro Dias Branco. Somado a isso, estamos executando a reforma administrativa para modernizar o Estado e continuarmos crescendo.
BM - Falando em Reforma Administrativa, qual o balanço que o senhor faz da execução da reforma que foi aprovada em dezembro pela Assembleia?
BC - Temos efeitos a curto, médio e longo prazo. Com a reforma, vamos fazer economia e contribuir com a administração. Ainda é prematuro fazer uma avaliação, já que esse estudo está sendo realizado pela equipe econômica. Temos um gargalo que só será minimizado com ações de longo prazo, que é o déficit da previdência, mas o governo trabalha para garantir os compromissos com os servidores e com a sociedade. A redução de gastos é uma realidade. Diminuímos despesas com passagens aéreas, locação de veículos, combustíveis, manutenção veicular entre outros. Otimizamos a máquina para que os recursos cheguem na ponta, nos serviços prestados à sociedade.
BM - Somente a reforma administrativa é suficiente para desafogar a máquina estatal?
BC - Se considerarmos que desafogar a máquina estatal é reduzir o custeio, a resposta é sim, a reforma administrativa foi pensada com essa finalidade. É importante frisar que o Estado não está parado. Temos uma série de obras concluídas para inaugurar e outras em andamento, como o mercado de Lagarto e o entorno de Itabaianinha, ambas executadas com dinheiro do Proinveste. O governador Jackson Barreto tem um ritmo intenso de trabalho, que é passado para todo o secretariado. O que queremos é desburocratizar o sistema para melhorar a qualidade dos serviços oferecidos, para que as pessoas percebam a presença efetiva do Estado.
BM - O senhor assumiu uma das secretarias mais importantes do Estado, o que confirma a relação de confiança com o governador Jackson Barreto. Essa proximidade com Jackson alimenta boatos de que o senhor poderia sair do PSB para filiar-se ao PMDB, havendo a possibilidade de ser o candidato do governo para o pleito de 2018. É verdade?
BC - Essas especulações são infundadas. Tenho uma vida política dentro do PSB, ao lado do senador Antônio Carlos Valadares e fazemos parte do mesmo grupo de governo. Boatos e especulações são usados para criar intriga dentro do grupo ou partido e atrapalhar a administração. Na nossa gestão, não temos espaço para isso porque toda a nossa energia está voltada para o desenvolvimento de Sergipe, para cuidar de nossa gente.
BM - Quais são seus projetos políticos futuros?
BC - Não penso em projetos políticos futuros. Estamos no quarto mês de mandato e há muito o que ser feito. O foco do momento é a administração e não a política. O momento é de trabalho, pois fomos eleitos ao lado do governador Jackson Barreto para fazermos o melhor por Sergipe agora. Integro o projeto que transformou a realidade econômica e social do estado e nosso desafio, neste momento, é dar continuidade ao crescimento de nossa terra.