No Brasil, nem metade da população adulta alcança o Ensino Médio. Apenas 58,5% dos jovens concluem a Educação Básica até os 19 anos de idade e a maioria dos que conseguem concluir sai despreparada para o mercado de trabalho.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016-2017, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que o País abriga cerca de 70 milhões de pessoas com mais de 18 anos sem o Ensino Médio completo.
Segundo o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, a oferta de ensino médio articulado com a educação profissional no Brasil permitiria o desenvolvimento de competências pertinentes ao mundo do trabalho, além de criar mais interesse pelos alunos ao ensino.
“Em certa medida, a reforma do Ensino Médio é positiva nessa direção. Estabelece deveres positivos e, como somos uma democracia, e uma democracia inclusiva, e é importante o alcance integral do entendimento dessa palavra. Temos no Brasil grande contingente da população adulta brasileira com baixa escolaridade, e tem que se dar atenção a esse contingente até porque é o contingente, sociologicamente falando, mais fragilizado”, afirma Lucchesi.
Em 2017, 811 mil pessoas recorreram à Educação de Jovens e Adultos (EJA) para finalizar o processo de escolarização. A proposta da indústria é avançar para um formato capaz de reter os alunos até sua formação básica integral e ampliar as opções de formação técnica e profissional.
A taxa de frequência escolar ao Ensino Médio das pessoas de 15 a 17 anos de idade foi de 73,5% entre as mulheres e 63,5%, entre os homens, segundo a Pnad. A Meta 3 do Plano Nacional de Educação estabelece que a taxa de frequência escolar líquida ao ensino médio seja de 85% até o final da vigência do Plano, em 2024.
*Com informações da Agência do Rádio
Foto: Agência Brasil
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