Nesta semana, o cardiologista pediátrico André Sotero, em entrevista na rádio Fan FM, falou sobre a importância e necessidade de vacinação das crianças contra a Covid-19 no Brasil e rebateu as críticas e opiniões sobre a imunização baseadas em senso comum.
De acordo com ele, atualmente a maior parte do número de casos da doença tem sido provocados pelos não-vacinados, além disso, a não-vacinação corrobora com o surgimento das novas variantes, tendo em vista que o vírus está o tempo todo tentando sobreviver e encontra saída nas pessoas que não foram vacinadas.
Por não estarem ainda imunizadas, as crianças podem ser uma das principais portas de entrada dessas novas variantes no mundo, o que pode prolongar a situação que já estamos vivendo em decorrência da covid.
“Em relação a vacinação nas crianças, é um descaso repassar a informação de que elas estão sendo submetidas a uma experiência científica, é uma atitude indelicada com as sociedades médicas. Qualquer parecer dessa sociedade tem respaldo jurídico e os não vacinados hoje são a maior causa de mutações do vírus”, explicou.
Ele foi crítico sobre a atual situação que algumas pessoas vivem no Brasil e em outros países do mundo, que se recusam a acreditar nas sociedades e comunidades médicas e dão credibilidade para aquelas pessoas que não possuem conhecimento em assuntos sobre a medicina.
“Desde o primeiro caso de Covid-19 do Brasil nós vivemos uma anarquia epidemiológica, por conta da falta de comando, do desencontro de informações, de pessoas que não têm conhecimento de medicina passaram a ser figuras importantes na vida das pessoas”, explicou o médico.
Ele disse que acompanhou situações complexas de crianças infectadas pelo vírus enquanto trabalhava na maternidade Nossa Senhora de Lourdes, lembrou de sequelas que a Covid-19 pode provocar no período pós-infecção, como a síndrome inflamatória multissêmica, bem como problemas cardíacos e apelou para que os pais vacinem seus filhos.
“Ninguém está obrigando ninguém a tomar a vacina, mas eu deixo uma mensagem para os pais de que deixem a idolatria política de lado e não se baseie na opinião própria, mas sim na sociedade brasileira de cardiologia, na sociedade brasileira de infectologia e de pediatria”, finalizou.
Por Talisson Souza
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