A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Sergipe (CTB-SE) defende a renovação do contrato entre o Governo do Estado e a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) por cinco anos. Para Waldir Rodrigues, essa é a única forma de assegurar os empregos dos mais de 7 mil empregados e contratados da FHS, e manter a assistência médico-hospitalar na rede pública do Estado.
O prazo para renovação do contrato termina neste sábado, 30, mas o procurador do MPF/SE, Ramiro Rockenbach, ingressou com uma ação na Justiça Federal pedindo a suspensão do contrato de gestão dos hospitais. A ação foi embasada em uma investigação feita pelo MPF que comprovou descumprimento de determinações contratuais e mau uso dos recursos públicos. Por causa disso, a FHS acumula uma dívida com fornecedores superior a R$ 138 milhões até outubro de 2014.
Waldir Rodrigues, vice-presidente da CTB-SE, considera que o prazo de um ano sugerido por dirigentes de entidades sindicais é curto demais para que seja feito um diagnóstico completo da situação financeira e administrativa da FHS. “Um ano não é nada para o serviço público. É inviável, e os trabalhadores correm o risco de ficar desempregados”, enfatiza.
Além disso, se o contrato for suspenso, o Estado terá que assumir a gestão dos hospitais públicos. “O governo não tem como realocar 7,7 mil profissionais para manter a assistência à saúde do dia para a noite”, disse.
Waldir acredita que, durante esse período, será possível encontrar saídas para sanar as dívidas da FHS que recebe R$ 1 bilhão do Estado para gerir os hospitais e não consegue, porque há uma grande demanda de pacientes dos Estados da Bahia e Alagoas.
“O que o governo federal repassa para os procedimentos de alta complexidade não dá para cobrir as despesas. Quem paga é o Estado. Por isso, nós defendemos que haja um encontro de contas entre os governos de Sergipe, Bahia e Alagoas para que nosso Estado receba pela assistência prestada a baianos e alagoanos”, afirma Waldir.
A CTB-SE tem participado de reuniões e assembleias com os servidores da Saúde na tentativa de encontrar uma solução para o impasse sem que a população e os trabalhadores sejam penalizados.