Varejo espera vendas tímidas e consumidor cauteloso. Segundo lojistas, juro alto encarece o crédito e inflação corrói o poder de compra
Os comerciantes brasileiros estão pouco otimistas quanto ao resultado das vendas do Dia dos Pais, comemorado no dia 11 de agosto, e aguardam um crescimento tímido de 1% sobre as vendas do ano passado.
Nos anos anteriores, as expansões foram de 3,78% (2013), 4,75% (2012); 6,86% (2011) e 10% (2010), de acordo com os registros do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). O resultado leva em conta as vendas parceladas realizadas na semana que antecede o Dia dos Pais, entre 3 e 10 de agosto.
Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, a retração das vendas a prazo está sendo sentida pelos varejistas brasileiros, que no primeiro semestre de 2014, amargaram desacelerações em todas as datas comemorativas.
"Este ano a expectativa é de um crescimento de 1%. Apesar do incremento, estamos projetando um quarto do desempenho que tivemos no ano passado”, diz. Ele aponta como fatores a alta dos juros, que encarece o crédito, e a inflação elevada, que corrói o salário do consumidor. “São determinantes para deixar o brasileiro mais cauteloso", explica Pellizzaro Junior.
CDL/FCDL Sergipe- Comemorado no segundo domingo do mês de agosto, 10, o ‘Dia dos Pais’ tradicionalmente movimenta os setores de vestuário, calçados, eletrônicos, bebidas e perfumaria.
Em Sergipe, as perspectivas permanecem as mesmas se comparada aos dados apresentados pelo SPC. De acordo com a FCDL e CDL/Aracaju, presididas por Gilson Figueiredo e Samuel Schuster, o comércio sergipano “tende a acompanhar esse ínfimo desempenho”, fato já registrado no ‘Dia das Mães e Namorados’, pontuam os líderes classistas.
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