Duplicação da BR 101 pode durar mais 7 anos

Governo Federal faz poucas obras em Sergipe e “só licitou 5% do Canal de Xingó”, afirma Machado

Em entrevista concedida ao JORNAL DA CIDADE do fim de semana, o ex-deputado federal José Carlos Machado avisou que a duplicação do trecho norte da BR-101 em Sergipe pode durar mais sete anos, pelo menos.

Machado, que é engenheiro, explicou que a conclusão desta obra está orçada em aproximadamente R$ 250 milhões - mas o Governo Federal estaria disponibilizando, em média, apenas R$ 30 a R$ 40 milhões por ano. “Diante dessa realidade é só fazer a conta”, disse.

O ex-deputado ainda considera que o atual Governo tem dado à questão mais atenção do que governos anteriores. “Mas não só atenção é suficiente, a obra para andar precisa de recursos orçamentários e isso depende do Governo e de nossa bancada. O trecho Sul da BR-101, ligando Estância a Cristinápolis, na fronteira com a Bahia, nem se fala”, comentou.

Xingó, SÓ 5%
Ainda na entrevista concedida ao JORNAL DA CIDADE, Machado destacou a situação do Canal de Xingó. Segundo ele, a licitação anunciada pelo Governo Federal se refere apenas a uma pequena parte da obra, que representa aproximadamente 5% do total.

Ainda assim, ele considerou o fato positivo: “Existe um provérbio chinês que diz, ‘uma longa jornada começa com o primeiro passo’. Cabe agora à classe política e nossos governantes estarem atentos para que a obra do Canal não demore para se tornar realidade, como está acontecendo com a duplicação da BR 101, que começou há mais de 20 anos e não tem data para conclusão”, falou Machado.

José Carlos destacou a importância do Canal de Xingó, uma obra estruturante, que segundo ele, foi idealizada pelo ex-governador João Alves Filho – mas não recebeu atenção por parte da classe política nos últimos 15 anos, ao contrário do que aconteceu em Alagoas, onde o Canal do Sertão saiu do papel e hoje é realidade.

Poucas obras
Ainda na entrevista ao JORNAL DA CIDADE, o ex-deputado afirmou que o governo federal realiza poucas obras estruturantes em Sergipe.

“São poucas as obras estruturantes sob responsabilidade do Governo Federal. Poucas, algumas paradas, como a ampliação do IFS, outras se arrastando, como a duplicação da BR-101, outras para começar, como o Canal de Xingó”, apontou o ex-deputado.

Ele avaliou que a bancada sergipana de deputados e senadores precisa pensar sobre isso, ‘ficar atento cobrando e colaborando na busca de recursos para que as obras sejam reiniciadas e concluídas e as que estão por iniciar, não sofram solução de continuidade por falta de recursos orçamentários”.