Após exonerar Almeida Lima da Secretaria de Estado de Saúde, o governador Belivaldo Chagas pontua alguns dos motivos que o fez tomar essa decisão, inclusive rebatendo algumas falas do agora ex-secretário de Saúde.
"Eu entendi que Almeida não tinha o controle geral da Secretaria, que não acompanhava o funcionamento da Secretaria. Ele tinha um estilo diferente de ser, não sei se pelo grau de intimidade com o governador Jackson , era quase que um governo à parte", afirmou Belivaldo em entrevista ao radialista Gilmar Carvalho.
O governador disse que a gota d´água para a exoneração de Almeida foi o episódio da exposição da paciente oncológica Edilma, que afirmou ter sido humilhada pelo ex-secretário na frente de diversas pessoas dentro da Secretaria. Belivaldo, inclusive, esteve na residência de Edilma para escutar a sua versão.
"Eu não sentia por parte de Almeida uma preocupação com as pessoas. Fui até a casa de Edilma e me emocionei. Não quis fazer oba oba. Saí de lá de coração partido. Ela tem lá a vida dela, louca para viver. Dispensei a equipe de comunicação na porta da casa dela. Não fui para holofote e marketing político, precisava escutar o outro lado. Foi a gota d´água sim", pontuou o governador.
Ele aproveitou para enviar um recado aos oposicionistas: "Não foi fraqueza de Belivaldo, não foi falta de tinta na caneta como muitos afirmavam. Foi excesso de responsabilidade, foi paciência. Ele diga o que quiser de mim, eu sei onde devo colocar meu pé. Governador é governador, vice é vice".
Quanto custou o Taj Mahal
Questionado sobre o gasto com o Centro Administrativo da Saúde, o famoso Taj Mahal, o governador disse não saber o montante destinado à reforma e também que a empresa executora da obra ainda não recebeu pelo serviço.
"Isso virou segredo de Estado. Estou tentando descobrir, mas vou chegar lá. A empresa que realizou o serviço não recebeu. Parabéns para Almeida pela ideia de centralizar as ações ali, mas o momento foi inoportuno. Você prioriza o Taj Mahal em detrimento do funcionamento dos hospitais regionais", lamentou o gestor.
Pagamentos via ofício
O governador voltou a falar sobre o processo seletivo: "Até bem pouco tempo os processos seletivos eram feitos pela Secretaria de Planejamento e o 'todo poderoso' decidiu fazer pela própria Secretaria. A Secretaria de Saúde estava se tornando uma ilha e eu vou revogar todos os decretos e portarias feitos por ele", disse.
Belivaldo disse ainda que era praxe do ex-secretário Almeida Lima realizar pagamentos via ofícios e, a partir de agora, essa situação não mais acontecerá, pois se enviar ofício para o banco, voltará com cheque sem fundos.
"Almeida tinha o hábito de pagar fornecedores via ofício e quando a gente ia buscar informações, não tinha. Pagar por ofício não dava baixa no sistema contábil. Ele pagava porque se sentia o rei, o dono do mundo. Eu não quero tá perdendo tempo com esse cara", disse o governador.
Medo de Almeida Lima
Informado que Almeida havia dito que Belivaldo estaria escanteando ele na Secretaria de Saúde por medo que fosse candidato ao governo, o governador reagiu.
"Será que passaria na cabeça de Jackson colocar esse sujeito como candidato? Acho que até pela simpatia dele e pelo carinho que as pessoas têm por ele, Sergipe perdeu um grande candidato. Acho que ele está apavorado com o susto da queda de ontem. Perdoai, meu Deus, ele não sabe o que diz", ironizou Belivaldo.
Pagamento de décimo terceiro salário
Por último, saindo do tema Almeida Lima, o governador aventou a possibilidade de pagamento de 50% do décimo terceiro salário dos servidores estaduais até o mês de julho.
"Existe a possibilidade real para que até o mês de julho a gente consiga pagar metade do décimo terceiro do servidor. Estará disponível no banco e se o servidor preferir, a gente paga mês a mês até dezembro. Se a gente consegue fazer isso, aquece o comércio", finalizou o governador.
Foto: Agência Sergipe
Muito Bem Belivaldo, acredito q as pessoas pensam que podem tudo! Existe uma Ierarquia... PARABÉNS GOVERNADOR ...
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