Eólica e solar responderam por 80% dos 424 gigawatts de nova capacidade instalada globalmente em 2022, de acordo com dados da BloombergNEF, mesmo em meio às ameaças de que a guerra na Ucrânia poderia atrasar a transição de fontes fósseis para renováveis.
“Embora a utilização de combustíveis fósseis tenha aumentado para satisfazer a demanda, as energias renováveis continuam a registar progressos significativos a nível mundial. O restante desta década será decisivo para determinar se o mundo alcançará uma trajetória de emissões líquidas zero”, diz o relatório.
A boa notícia é que “mais mercados do que nunca estão adotando tecnologias de energia renovável como sua principal escolha”.
No ano passado, cerca de 67% dos 140 países analisados pela BNEF instalaram mais renováveis do que energia de fontes fósseis. Dez anos atrás, esse percentual era de 39%.
O destaque é a energia fotovoltaica, a preferida em quase metade das economias do mundo.
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O levantamento mostra que as renováveis estão ganhando impulso, porém concentradas. Para os analistas da BNEF, as políticas adotadas pelos diferentes mercados para enfrentar os desafios atuais é que definirão os rumos que essa transição irá tomar.
Com as adições registradas no ano passado, eólica e solar passaram a compor 12,5% da geração global e a geração a partir de renováveis atingiu um novo recorde de 8,4 terawatt-horas – com um aumento de 8% na demanda de energia em comparação com 2021.
Tecnologias de baixo carbono alcançaram 46% da capacidade instalada global, em comparação com 33% em 2012.
No entanto, mais de dois terços da geração global de energias renováveis no ano passado estavam concentrados em 10 mercados.
Na liderança está a região da Ásia-Pacífico, cuja produção de eletricidade deu um salto de 6% ano a ano em 2022. O forte crescimento econômico da China levou a geração a aumentar cerca de 9%, atingindo 8.600 TW/h.
Vale dizer: com 60% da eletricidade de fontes renováveis, a América Latina ostenta a matriz elétrica mais limpa do mundo. Brasil, México, Argentina, Chile e Venezuela são responsáveis por 82% da capacidade instalada de renováveis na região.
Fonte: Ascom / Petrobras
Foto: Elements
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