O deputado federal Gustinho Ribeiro (Solidariedade-SE) afirma que escolheu brigar ao lado daqueles que mais precisam do Poder Público. Na última quarta-feira, 24, no plenário da Câmara dos Deputados, ele saiu em defesa da manutenção do cálculo atual do salário mínimo, para que não sofra defasagem ao longo dos anos com a eliminação do ganho real.
Representando a bancada do partido Solidariedade no plenário, Gustinho explicou que hoje o cálculo é baseado nos índices de inflação e PIB, e que a proposta de alteração desse cálculo prejudicará quem depende do salário mínimo para sobreviver.
Para ele, se em 2019 o cidadão assalariado já não consegue ter o mínimo de qualidade de vida com o que ganha, a perda futura do aumento salarial será ainda maior ao passar dos anos.
"De acordo com o DIEESE, o piso nacional deveria ser hoje já de R$ 3.900,00, valor estimado para suprir as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas. Se não houvesse esse reajuste anual baseado no cálculo atual, o salário mínimo hoje seria de R$ 573,00. Apresentarei emendas à LDO para que isso não ocorra", garantiu Gustinho, que completou sua fala pedindo apoio da Casa para a defesa do salário mínimo do povo brasileiro.
O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020 foi enviado pelo Governo Federal no último dia 15, prevendo que o salário mínimo nos próximos três anos não terá ganho real, ou seja, será corrigido apenas pela inflação acumulada.
O atual modelo de correção do salário mínimo vale desde 2006, com correção pela inflação do ano anterior pelo INPC mais a variação do PIB dos dois anos anteriores. Hoje o salário mínimo é de R$ 998,00, abaixo do previsto, R$ 1.006,00, aprovado pelo Congresso para o Orçamento deste ano.
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