Moura é citado 34 vezes em livro lançado por Cunha
O ex-deputado federal André Moura (PSC) foi citado 34 vezes no livro lançado pelo ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (MDB). Em “Tchau, Querida – O Diário do Impeachment”, Cunha revela bastidores das articulações políticas que levaram à queda da presidenta Dilma Roussef (PT).
Em um dos capítulos Eduardo Cunha revela que a indicação de Moura para o posto de líder do governo Temer foi a gota que faltava para o seu rompimento com o deputado federal Rodrigo Maia, que tinha interesse no posto.
O ex-presidente da Câmara diz que Maia foi um dos principais articuladores do impeachment, e buscava os holofotes. Foi em uma reunião no apartamento de Maia, no dia 10 de outubro de 2015, que ficou definida a estratégia para a apresentação do pedido que geraria o impedimento de Dilma.
“Rodrigo Maia não tinha limites para sua ambição e vaidade”, relata o então deputado Cunha, em outro trecho.
Maia teria tentado se impor como relator da Comissão Especial do Impeachment, havia sido vetado por Cunha. Após a aprovação do impedimento, Rodrigo Maia tentou ocupar o cargo de líder do governo no Congresso, e tudo já estava arranjado com o presidente Temer. Mas Eduardo Cunha decidiu interferir após receber a indicação de André Moura, apoiado por líderes de partidos de centro, que haviam dado suporte ao processo de afastamento de Dilma.
“Essas duas ambições de Rodrigo Maia, frustradas por mim, o levaram ao rompimento comigo”, concluiu cunha.
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