A contratação de bandas para festejos realizados pelas prefeituras sergipanas está dando o que falar. De acordo com o juiz Sérgio Lucas, muitos empresários empurram preços exorbitantes e os gestores acabam pagando.
Por isso, fez uma recomendação para que se pague no máximo R$ 150 mil por artistas de outros estados. “Em cada município, nenhum artista de outro estado deve receber mais que o triplo dos artistas locais”.
Ainda segundo ele, são cachês que fogem da realidade de alguns artistas. “O Ministério Público já vem investigando o assunto e comparando se os cachês pagos pelas prefeituras sergipanas aos artistas são do mesmo valor de outros shows”, disse.
O juiz revelou que atualmente as festas são feitas com pacotes fechados. Ou seja, um empresário trabalha com determinadas bandas e estas tocarão no evento.
“Por isso, aparecem vários artistas que não têm nada a ver com o tipo de festa e ganham cachês milionários. Com isso, o empresário manda na festa e manda em tudo”.
Outro problema, segundo ele, quando os artistas locais conseguem espaço nas festas, são com salários ínfimos, e acabam dependendo de um padrinho político para tocar e mendigam parar receber os cachês. “É preciso valorizar os artistas locais, eles que são nossa cultura. Mas preferem pagar caro para artistas de fora e não valorizar a nossa cultura", lamenta.
Sobre o pagamento antecipado de cachês, o magistrado disse que se tratando de dinheiro público, a princípio não se pode pagar antecipadamente. “Enquanto artistas daqui recebem três meses depois, os fora recebem 50% antes e 50% no ato da apresentação, e isso não pode acontecer”.
As informações foram transmitidas ao radialista George Magalhães, da Fan FM.
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