Uma ampla reportagem publicada ontem no portal The Intercept acusa o grupo Maratá de utilizar “jagunços” para tomar área de camponeses no Maranhão, utilizando “tiro, fogo e violência”.
Segundo a publicação, a construção de parte do que é classificado como império agroindustrial do sergipano José Augusto Vieira teria sido construído com violência:
“Centenas de homens, mulheres, crianças e idosos pagaram e ainda pagam, no Maranhão, um alto preço que não é revelado ao consumidor final. Pelo menos desde 2004, funcionários da empresa expulsaram com ameaças, destruição e incêndios camponeses que vivem e trabalham na zona rural do município de Timbiras, nordeste do estado, de terras disputadas pela empresa”.
A Maratá alega que as terras são suas, mas há uma disputa judicial pela posse, onde os camponeses garantem que estão por lá há mais de 50 anos.
O texto chega a afirmar que em agosto de 2019 funcionários com o uniforme da Agromaratá atearam fogo em casas e na produção agrícola dos camponeses, além de terem supostamente entupido poços.
Boletins de ocorrência foram registrados, mas policiais não foram enviados ao local, a princípio, cita o site The Intercept. Após outras ações semelhantes, funcionários da empresa acabaram sendo detidos pela polícia.
José Augusto Vieira foi procurado pelo The Intercept, para falar sobre o ataque. Quem respondeu foi o advogado da empresa, João Menezes. Ele admitiu que “o problema” foi causado por um funcionário “que se envolveu com outras pessoas na empresa e teve esse incidente” e que não houve participação de José Augusto Vieira e do grupo
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