Poder e Cotidiano em Sergipe
23 de Janeiro 9H:14

“Márcio Macêdo é um dos nomes lembrados para presidir o PT Nacional”, diz Rochinha

De passagem por Sergipe neste final de semana, o dirigente petista Francisco Rocha, mais conhecido como Rochinha, coordenador nacional da principal corrente do PT, a Construindo Um Novo Brasil, conversou com o BLOG DO MAX/JORNAL DA CIDADE.

 

Na entrevista, ele defende o nome de Lula como candidato a presidente do PT em 2018, se diz contrário à antecipação das eleições para este ano e anuncia que o ex-deputado federal por Sergipe, Márcio Macêdo, hoje secretário nacional de Finanças do PT, “está entre os nomes lembrados para ser presidente nacional do partido”. Confira a entrevista.

 

BLOG DO MAX - Às vésperas de realizar uma nova eleição interna, como o senhor analisa a situação do PT hoje no Brasil?
Francisco Rocha - É natural que com a efetivação do impeachment da presidenta Dilma e o cerco dos golpistas, incluindo os setores da polícia e do judiciário, dificultam as ações partidárias e democráticas, mas nem de longe isto significa o fim do PT. O partido continua firme e forte e, os verdadeiros petistas continuam defendendo intransigentemente um projeto histórico da política brasileira.

 

BM- Que diferenças serão estabelecidas na eleição interna deste ano em relação aos pleitos internos anteriores?
FR - A diferença fundamental é de que nos últimos períodos as direções foram eleitas em todos os níveis pelo voto dos filiados e desta vez só votarão na escolha dos delegados para as formações das chapas e não terão assegurado o direito de escolha direta das direções estaduais e nacionais, e até mesmo do presidente nacional.

 

BM- Que nome a CNB apresentará ao filiados como o mais preparado para presidir o PT?
FR - A CNB tem em seus quadros vários nomes em condições de presidir o partido a nível nacional. A CNB forja o crescimento do seus filiados pela luta cotidiana, nenhum militante nasce liderança nacional no partido, ele passa a ser liderança a partir da construção partidária e do reconhecimento junto aos outros companheiros e companheiras.

 

BM - Qual a sua opinião sobre uma eventual candidatura do ex-presidente Lula a presidente da República?
FR - O Lula é a maior liderança política para o PT e para as esquerdas, reconhecido e respeitado a nível mundial. Do ponto de vista eleitoral, as últimas pesquisas mostram que ele é um candidato com um apoio importantíssimo da população para governar novamente o país. Tenho dito aos petistas para tomar cuidado nas ciladas que estão postas, visando impedir a sua candidatura, devido ao medo das oligarquias, que agem em várias frentes, como o cerco do legislativo conservador e com muitos corruptos, pela balança da justiça, que ao invés de se comportar de forma imparcial, procede com o mesmo comportamento da velha mídia brasileira. Apesar disso, Lula é uma figura que perpassa o tamanho do PT e acho que, internamente, poucos teriam a ousadia de dizer que ele não deve ser candidato a presidente do país.

 

BM - O PT pode não lançar a candidatura de Lula e optar por outro nome no arco de partidos aliados, como o do ex-ministro Ciro Gomes?
FR - Se impedirem, de forma covarde, que Lula seja candidato em 2018, o PT tem a obrigação de decidir sobre qual candidato, seja do PT ou não, nós devemos participar do processo. Quero deixar claro que, seja qual for a conclusão, o partido terá um peso fundamental neste pleito, independente do nome que o partido apresente, mesmo sem Lula ou apoiando candidatos de outra legenda, que tenham compromisso com a democracia, respeito aos direitos conquistados por parcelas do povo brasileiro durante os 13 anos de Lula e Dilma e que se comprometa com avanços nas questões sociais.

 

BM - O senhor é favorável a antecipação de eleições já para 2017?
FR - Não sou a favor de eleições em 2017. Defendo que seja mantido o calendário eleitoral e lutaremos para que, em 2017, se consiga fazer mudanças significativas nas leis partidárias e eleitorais, sobretudo para o Brasil se consolidar como uma democracia forte e participativa.

 

BM- Como a CNB analisa o governo de Michel Temer?
FR - A CNB, que é a maior corrente do PT, assim como o conjunto das outras forças políticas que compõem o partido, analisa o desgoverno do usurpador da democracia como de um fantoche, que há 8 meses após a traição arquitetada por ele e mais um covil, ainda não disse a que veio, não cumpre minimamente as condições de ser presidente, não tem voto, é impopular e não tem projeto, e que aplica algumas bandeiras oriundas do programa do PSDB.  Na verdade, quem manda neste desgoverno são os tucanos, onde Temer não passa de um servil.

 

BM - Em Sergipe, a CNB é liderada pelo ex-deputado federal Márcio Macêdo, que hoje responde pela Secretaria Nacional de Finanças do partido. Qual a sua avaliação sobre o trabalho dele na pasta?
FR - O companheiro Márcio Macêdo está cumprindo com muita eficiência o papel que, a ele foi designado coletivamente pela CNB e outras forças políticas do PT. De forma correta e digna executa sua função, pois trata-se de um quadro qualificado, de longa trajetória no partido, tanto como militante, como no bom desempenho do mandato, quando foi deputado federal.

 

BM - Ainda falando sobre Márcio Macêdo, o nome dele será apresentado pela CNB para a eleição interna em março?
FR - Se dependesse de mim, declaro publicamente que sim. O companheiro Márcio Macedo está entre os nomes lembrados para ser presidente nacional do PT. Mas no PT as escolhas de direção em cargos da executiva são decididas coletivamente.

 

 

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