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24 de Janeiro 11H:57
SERVIÇO

Órgãos municipais intensificam ações de preparação para o período de chuvas

Os órgãos municipais que integram o Comitê de Gerenciamento de Crise da Prefeitura de Aracaju já estão atuando preventivamente para minimizar as consequências das próximas chuvas. O objetivo é o de preparar a cidade para o período chuvoso e minimizar o máximo possível os riscos à população.

Um desses órgãos é a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), que, dentro das ações do Plano de Contingência, atua preventiva e intensivamente na limpeza de canais e de bocas de lobo, auxiliando, inclusive, a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) nessa tarefa.

“A gente tem trabalhado muito nesse aspecto, porque os canais dão fluidez às águas pluviais. A ideia é de que, até março, a gente dê uma repassada em quase todos os canais de Aracaju”, ressalta o presidente da Emsurb, Luiz Roberto Dantas.

Ao todo, 67 canais, de pequeno, médio e grande porte, cortam Aracaju. E todos estão sendo limpos. “São três tipos de limpeza, a manual, feita pelo próprio funcionário, é a mais simples; a limpeza pelo método de barragem é para os canais revestidos e barra a água, deixando o canal seco e pronto para que os resíduos sejam retirados”, explica.

O terceiro tipo é a mecanizada, feita por máquinas. Sete equipes da Empresa Municipal se dividem para realizar os três tipos de operação, sendo três para a limpeza manual; dois para a de barragem e outros dois para a mecanizada. O presidente da Emsurb lembra que todas são realizadas constantemente. “Isso é feito sempre, mas, nesse período, fica mais efetivo”, ressalta.

As áreas de risco recebem ainda mais atenção por parte das equipes, como o canal da avenida Ministro Geraldo Barreto Sobral, no Jardins, o da avenida Airton Teles e o canal da avenida Anísio Azevedo. “Já foi comprovado, principalmente nas chuvas do ano passado, que com os canais e as bocas de lobo limpos, com esse trabalho preventivo feito pelos diversos órgãos da Prefeitura, que a gente consegue minimizar os transtornos que poderiam acontecer”, assegura.

Monitoramento
A Emurb mantém, em média, 100 operários, distribuídos em equipes, realizando serviços focados na rede de drenagem pluvial, a exemplo de limpeza e substituição de manilhas subterrâneas, limpeza das galerias, ampliação e complementação do sistema de micro e macrodrenagem, atendendo, diariamente, entre 10 a 15 bairros.

Só na Zona de Expansão, pela complexidade do território e em virtude da descontinuidade das ocupações urbanas e a preservação da vegetação nativa ainda existente, a Emurb atua interligando os canais naturais existentes na área. Isso impede maiores transtornos, não causa prejuízo ao nicho ecológico e harmoniza a coexistência dos núcleos residenciais com a flora original.

“Essas atividades têm colaborado para diminuir sensivelmente os pontos de alagamentos, inundações e equilibrado o tempo de permanência das lâminas de água na superfície das ruas. Até mesmo em locais com histórico de intercorrências provocadas pela densidade pluviométrica, nos últimos anos, o trabalho preventivo conseguiu ter resultados substanciais, comparando aos transtornos de outros anos”, destaca o presidente da Emurb, Sérgio Ferrari.

Também integrante do Comitê de Gerenciamento de Crise, a Secretaria Municipal da Defesa Social (Semdec), que abarca a Defesa Civil do município, garante essa prevenção, principalmente, com o monitoramento das áreas de risco.

“A gente faz visitas constantes, faz sobrevoo com drones para verificar a situação. Além disso, instalamos um alerta no Largo da Aparecida para os casos de cheias do rio Poxim Mirim e também acompanhamos os sites e institutos que fazem a previsão do tempo. É um trabalho ininterrupto, na verdade, que se intensifica nesse período”, revela o secretário municipal da pasta, Luís Fernando Almeida.

De acordo com ele, a Defesa Civil de Aracaju emite alertas preventivos, como aconteceu na última semana, com a previsão de chuvas para Aracaju, e também atua com os Núcleos de Defesa Civil da Comunidade (Nudecs). “Desse modo, a cidade se prepara cada vez mais para o período chuvoso”, garante Luís Fernando.

Segundo o secretário, os membros dos Nudecs são fundamentais nessa ação preventiva. “Eles atuam na mobilização e na conscientização dos moradores do seu bairro e têm sido de grande valia essa parceria voluntária, em que a gente entre com todo o conhecimento técnico a respeito das questões de patologia de imóveis, de geologia do solo, dos rios e eles auxiliam os vizinhos a melhor enfrentar esse problema”, completa.

Esse trabalho tem uma intensificação nas áreas de risco. “A Defesa Civil dá prioridade aos locais de risco, à vida e à economicidade das pessoas, por isso as mais sofríveis são o nosso foco”, reitera. Hoje, essas áreas de risco são a região do Jabotiana, com relação a enchentes e ao transbordamento do rio, assim como uma parte do Bugio; e os bairros Cidade Nova, América e Coqueiral na parte de deslizamentos de terras”, esclarece.

Prevenção X Reparação
Todos os dirigentes concordam que esse trabalho preventivo, além de preparar a cidade, evita não apenas grandes transtornos, mas também um alto custo com a recuperação no pós-chuva. “O investimento em prevenção é bem mais interessante”, confirma Luiz Roberto Dantas, da Emsurb.

Isso porque, segundo ele, o custo da prevenção em relação aos benefícios é insignificante. “Com o trabalho preventivo, conseguimos não só preservar móveis e imóveis, mas também minimizamos os riscos e as vítimas, protegendo a vida humana principalmente. Então, o custo é pequeno diante da grandeza do benefício da população”, reforça.

Luís Fernando Almeida, da Semdec, concorda. “Quanto mais se age na prevenção, e isso é comprovado em todas as áreas, menos se gasta na correção, na reconstrução. Para se ter uma ideia, somente a questão da limpeza de canais tem ajudado de forma fantástica a prevenir os transtornos, tanto que, depois que essa ação começou, houve apenas um transbordamento de canal”, ressalta o secretário.

Para ele, essa é uma grande demonstração da capacidade de resiliência da cidade e da visão de prevenção que tem a Prefeitura de Aracaju como um todo. “O que tem melhorado muito a resposta nesses momentos mais difíceis”, reitera.

Para completar esse trabalho de prevenção, Luís Fernando chama a atenção para a importância de cadastrar o telefone para receber os alertas da Defesa Civil Municipal. “Porque toda vez que tiver uma ocorrência de chuva ou vento forte, que a Defesa Civil emitir um alerta, você vai receber”, diz ele.

Para se cadastrar, basta enviar uma mensagem de texto para o destinatário 40199 e, no corpo do texto, o seu e-mail. Hoje, já são mais de 21 mil pessoas que recebem o SMS da Defesa Civil e, assim como os órgãos municipais, também podem atuar preventivamente em suas residências.

 

Da Agência Aracaju de Notícias

Foto: Felipe Goettenauer

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