Nas ondas da Lava Jato, Anões do Orçamento, Jorgina de Freitas e Zelotes, diversos gestores surfaram em bilhões de reais por todos os cantos do País, nos últimos 25 anos.
Em Sergipe, também não foi diferente.
O Blog do Max elegeu os quatro maiores escândalos de corrupção já vistos no Estado, para que o leitor possa relembrar os montantes desviados e também os envolvidos. Os casos foram ordenados de acordo com o valor financeiro envolvido. Confira um a um:
1- OPERAÇÃO NAVALHA
A Operação Navalha denunciou um grande esquema de desvio de dinheiro público, que implicaria a construtora Gautama, do empresário Zuleido Veras, além de políticos e gestores públicos sergipanos.
Segundo a denúncia do MPF, diálogos monitorados no período de abril a setembro de 2006 e de fevereiro a maio de 2007 mostram que Zuleido Veras manteve no estado de Sergipe um esquema para alcançar objetivos ilícitos.
O alvo da investigação foi a execução das obras do Sistema da Adutora do Rio São Francisco. O contrato, no valor de R$ 128 milhões (valores atualizados), foi firmado em 2001 entre a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e a construtora Gautama, de Zuleido Veras.
Segundo a denúncia, o desvio foi de R$ 178,7 milhões (valores atualizados).
Condenados:
- Zuleido Soares de Veras, empresário da Construtora Gautama;
- Ricardo Magalhães da Silva, engenheiro da Construtora Gautama;
- Conselheiro aposentado do Tribunal de Contas de Sergipe, Flávio Conceição de Oliveira Neto;
- Filho do ex-governador João Alves, o empresário João Alves Neto;
- Ex-secretário de Fazenda, Max José Vasconcelos de Andrade;
- Ex-presidente da Deso e ex-secretário de Fazenda, Gilmar de Melo Mendes;
- Ex-presidente da Deso, Victor Fonseca Mandarino;
- Ex-diretor técnico da Deso, Kleber Curvelo Fontes;
- Sócio-administrador da Enpro, Sérgio Duarte Leite;
- Ex-deputado federal José Ivan de Carvalho Paixão.
2- SUBVENÇÕES DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SERGIPE
A operação investigou um esquema envolvendo verbas de subvenção da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), que acusou deputados de movimentar milhões de forma fictícia e fraudulenta. Os indícios eram de improbidade administrativa, sonegação fiscal, peculato e lavagem de dinheiro.
Alguns deputados apenas foram acusados de utilizar os recursos, ainda que houvesse recomendação do Ministério Público para que eles não fossem acessados durante o período eleitoral. É o caso de Francisco Gualberto e Ana Lúcia, que apenas pagaram multas.
Mas outros parlamentares foram acusados de desviar o dinheiro que deveria ser destinado a entidades beneficentes e utilizar esses recursos na campanha eleitoral. Muitos serão julgados no próximo ano pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Quase R$ 13 milhões desviados
Divulgação na Imprensa: 18 de maio de 2015
Deputados (e ex-deputados) citados no caso
- Capitão Samuel;
-Adelson Barreto Filho – o Tijoi;
- Augusto Bezerra;
- Angélica Guimarães
- Paulinho da Varzinhas;
- Zé Franco
- João Daniel;
- Gilson Andrade;
- Zezinho Guimarães;
- Mundinho da Comase (Suplente)
- Jefferson Andrade;
- Gustinho Ribeiro;
- Luiz Mitidieri;
- Venâncio Fonseca;
- Suzana Azevedo;
- Zeca da Silva;
- Arnaldo Bispo;
- Ana Lúcia;
- Antônio dos Santos;
- Francisco Gualberto;
- Garibalde Mendonça;
- Maria Mendonça;
- Antônio Passos Sobrinho;
- Conceição Vieira.
3- Operação Indenizar-SE
O Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) e os promotores de Justiça investigaram supostas participações de vereadores em crimes de sonegação fiscal, peculato e lavagem de dinheiro. Todo o suposto esquema seria possível graças ao desvio da verba indenizatória destinada aos vereadores.
Divulgação na Imprensa: 31 de março de 2016
Movimentação de mais de R$ 7 milhões somente em 2013
Os denunciados:
- Adriano Oliveira Pereira (Adriano Taxista);
- Agamenon Sobral Freitas;
- Agnaldo Celestino Feitosa Filho;
- Anderson Santos da Silva (Anderson de Tuca);
- Jailton Santana;
- José Augusto da Silva (Augusto do Japãozinho);
- Valdir Santos;
- José Ivaldo Vasconcelos de Andrade (Ivaldo José);
- Carlos Max Prejuízo;
- Daniela dos Santos Fortes;
- José Gonzaga de Santana (Dr. Gonzaga);
- Emmanuel da Silva Nascimento;
- Roberto Morais Oliveira Filho;
- Renilson Cruz Silva (Renilson Félix);
- Robson Costa Viana;
- Tijói Barreto Evangelista (Adelson Barreto Filho).
Também foram investigados, o advogado Alcivan Menezes Silveira, seu filho, Alcivan Menezes Silveira Filho, o advogado Pedro Ivo Santos Carvalho, Richard Leon Freitas Silveira, advogado, Robson Barreto Santos (contador).
4- Operação FOX
A Operação FOX investigou um grupo acusado por fraudes em licitações em municípios de Sergipe, Alagoas e Bahia, entre 2004 a 2006 - e também por desvios de verbas federais repassadas às áreas de saúde e de educação.
Foi apontado como chefe do esquema e responsável por 17 fraudes ocorridas em licitações das prefeituras de Siriri, Poço Verde, Poço Redondo e Nossa Senhora do Socorro o empresário Wellington Andrade dos Santos.
Nessa operação, 35 pessoas viraram réus, incluindo o então prefeito de Nossa Senhora do Socorro, José do Prado Franco Sobrinho, o "Zé Franco" (PDT), que acabou preso e foi textualmente citado em escutas telefônicas autorizadas judicialmente, as quais o apontaram como um dos principais favorecedores de Wellington nas fraudes licitatórias.
Divulgação na Imprensa: 18 de julho de 2006
Foto: Agência Alese
Cadastre seu e-mail e receba do nosso blog muitas novidades.