A adoção do chamado distritão, que aguarda votação no plenário da Câmara dos Deputados, favorecerá caciques políticos já consagrados e inibirá a renovação de quadros parlamentares e a representação de minorias no Legislativo, disseram especialistas ouvidos pela Reuters.
Além disso, apontam ainda que o debate em torno das mudanças eleitorais, que se aprovadas por deputados e senadores até o dia 7 de outubro valerão já na eleição do ano que vem, foi feito sem que a população soubesse exatamente o que estava sendo discutido.
“Primeiro não é uma reforma política”, criticou o cientista político e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Roberto Romano.
“Na verdade o que eu acho que está ocorrendo, agora sim, é um golpe do Parlamento e dos partidos políticos no sentido de modificar a estrutura da consulta eleitoral”, acrescentou Romano, avaliando ainda que a alteração aumentará “o divórcio entre os eleitores e os eleitos”.
Pelo modelo proposto, serão eleitos para as cadeiras de vereadores e deputados estadual, distrital e federal apenas os mais votados para esses cargos, ao contrário do sistema proporcional atual, em que os eleitos são definidos por um misto de votos em legenda e nos candidatos.
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Foto: Luís Macedo
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