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28 de Março 7H:33
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Petrobras concede 120 dias para apresentação de soluções ao fechamento da Fafen

O governo de Sergipe e da Bahia terão 120 dias para apresentar proposições para manutenção da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen).

O pedido do governador Jackson Barreto foi realizado na tarde de ontem, durante reunião com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, bancada federal e políticos da Bahia, sobre o fechamento da unidade.

A solicitação foi atendida pelo presidente da Petrobras, a partir de 30 de junho, prazo inicial para hibernação da Fafen, localizada em Laranjeiras.

“Gostaria de dizer que para nós, sergipanos, essa notícia é um golpe profundo na economia do estado. No momento em que o estado avança com um investimento de R$ 5 bilhões na construção da termoelétrica, para que a gente dê oportunidade para futuras gerações. Nós precisamos da Fafen. Nossa proposta é de 120 dias para estudar alternativas sobre o funcionamento da unidade”, afirmou o governador Jackson Barreto.

Ele explicou que o prejuízo apresentado pela Petrobras, responsável pelo gerenciamento da Fafen, no valor de R$ 600 milhões inclui a taxa de impostos de gás, energia elétrica e água.

O governador propôs debater a carga tributária, juntamente com o governo da Bahia, para tornar a atividade fabril viável. A discussão envolve o estado da Bahia já que a medida da Petrobras atinge também a unidade industrial de Camaçari.

“Nós sabemos que o que mais incide na Fafen é o preço do gás, que é de responsabilidade da Petrobras, que cobra um preço exorbitante. Vamos discutir o preço do gás natural, a tarifa de energia elétrica, a tarifa de água. Faço um apelo para que possamos rediscutir esse caminho com a bancada, com os representantes da Bahia. Quando se fala em R$ 600 milhões de prejuízo, na verdade não chega a R$ 200 milhões porque nesse valor se inclui até ações judiciais”, declarou, lembrando que, em Laranjeiras, a fábrica gera 272 empregos diretos e mantém uma cadeia de misturadoras e serviços.

Pedro Parente aceitou a proposta do governador Jackson Barreto de ter 120 dias, a partir de 30 de junho, para estudar alternativas para o funcionamento da unidade e explicou que o processo de hibernação das unidades da Fafen em Sergipe e na Bahia faz parte do plano de medidas de contenção de despesas da empresa, anunciado em 2016.

Não podemos subsidiar, mas estamos dispostos a conversar. Sabemos que temos que cumprir nossa responsabilidade social. No entanto, essa responsabilidade social não pode imprimir prejuízo à empresa. Atendendo a solicitação do governador de Sergipe, daremos 120 dias a partir de 30 de junho para que os estados e a indústria se engajem para encontrar soluções”, disse o presidente da Petrobras.

governador foi informado do fechamento da Fafen no dia 19 de março, após telefonema do presidente da Petrobras, Pedro Parente. A fábrica de Sergipe entrou em operação em 1982 e marcou um novo ciclo do desenvolvimento no estado, com a construção da adutora do Rio São Francisco, a ampliação da rede de energia elétrica, a revitalização da ferrovia que liga Sergipe à Bahia e ainda com a instalação do Terminal Portuário Ignácio Barbosa, em Barra dos Coqueiros, a 36 quilômetros de Aracaju.

*Com informações da Agência Sergipe

Foto: Ascom/Governo de Sergipe

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