A Petrobras está considerando a construção de suas próprias plataformas para o projeto de extração de óleo e gás em águas profundas de Sergipe (SEAP), caso a opção de afretamento não se mostre viável. O diretor executivo de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos, mencionou durante o Sergipe Day, realizado na Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro, que essa alternativa ofereceria mais controle sobre o processo.
O atual cenário desafiador para a contratação de navios-plataforma (FPSOs) no mercado internacional está gerando discussões sobre o financiamento da construção nacional e o papel do Fundo de Marinha Mercante (FMM), como destacado em uma reportagem de Gabriela Ruddy.
A licitação lançada pela estatal em abril do ano anterior para afretar duas FPSOs em Sergipe, com capacidade de produção de 120 mil barris por dia cada, já teve seu prazo prorrogado três vezes, refletindo as complexidades enfrentadas em um mercado global em alta.
Para o governo sergipano, a decisão de investir em unidades próprias como alternativa ao afretamento oferece a segurança de que o projeto será realizado independentemente das condições externas.
O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, destacou em entrevista ao estúdio epbr que essa escolha da Petrobras tem um impacto significativo no futuro do estado e do país, considerando que o projeto SEAP visa uma produção de 240 mil barris por dia de petróleo e a exportação de até 18 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural a partir de 2028, conforme a última revisão do plano estratégico da Petrobras.
Um estudo da FGV Energia apresentado durante o evento aponta que o potencial do estado pode ser ainda maior, chegando a uma oferta de até 40 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, utilizando o Terminal de GNL da Eneva e o gás onshore, distribuído através de GNL em pequena escala e GNC.
Com informações de EPBR
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
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