O aumento dos encargos sociais e o regime de chuvas insuficientes para a compensação dos períodos de seca podem ser as causas para o aumento previsto para a conta de energia elétrica em 2018.
As tarifas devem fechar 2017 com alta de 14% e subir 9,4% em 2018. Existe a expectativa de que o IPCA ( que é a inflação oficial) fique abaixo de 3% em 2017 e 4% para 2018.
Um levantamento realizado pela TR Soluções aponta que em algumas regiões a alta na conta de energia elétrica deve ser maior do que em outras.
A previsão da TR inclui algumas premissas: as diferentes bandeiras esperadas ao longo do ano, os reajustes previstos para as principais distribuidoras e o regime de chuvas para o período.
Além do regime de chuvas, os encargos incluídos na tarifa também explicam as previsões pouco animadoras.
A conta, que inclui todas as políticas públicas ligadas ao setor, como o programa Luz para Todos e a tarifa social de energia - chamada de CDE -, que deve passar de R$ 9,3 bilhões neste ano para R$ 12,6 bilhões em 2018.
Embora concordem que o quadro é dramático, analistas descartam ameaça de racionamento. Eles dizem que a usina de Belo Monte já opera em ritmo razoável e que o país dispõe de outras fontes de energia. Uma delas, a energia térmica, mais cara, está entre as justificativas para o encarecimento da conta.
O crescimento econômico é outro ponto de atenção para os especialistas. O consumo total de energia do país está em nível próximo ao registrado em 2014, e o setor se questiona como a demanda deve se comportar em um ambiente de retomada da economia - e seu impacto na tarifa, já que a procura maior por energia a encarece.
*Com informações da Valor
Foto: Divulgação/Sinergia
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