Refinaria de Petróleo em Sergipe pode sair do papel ainda este ano

Projeto prevê investimentos de US$ 700 milhões para a primeira refinaria privada do país em 50 anos

Sergipe pode receber ainda este ano uma refinaria de petróleo. Com um projeto que prevê investimentos de US$ 700 milhões de dólares (cerca de R$ 3 bilhões de reais), ela pode ser a primeira refinaria privada a ser construída no país, nos últimos 50 anos.

A informação, que havia sido anunciada rapidamente pelo governador Belivaldo Chagas, na semana passada, foi confirmada em reportagem publicada hoje pelo jornal Valor. A matéria entrevista Gabriel Debellian, presidente da recém-criada Noxis Energy. A empresa possui entre os acionistas investidores e técnicos experientes do mercado de refino, e o presidente explicou ao jornal como pretende tirar do papel o projeto.

A refinaria ocupará uma área de 500 mil m², terreno que fica na Barra dos Coqueiros e pertence à Codise – uma região estratégica, próxima ao porto. A expectativa é de que o empreendimento movimente 2,8 milhões de toneladas de petróleo e combustível por ano.

A reportagem do jornal Valor foi iniciada citando a informação que já havia sido confirmada pelo governador de Sergipe: o projeto já conta com a licença ambiental prévia para a implantação de uma refinaria de pequeno porte, com capacidade para processar 35 mil barris/dia de Petróleo.

O presidente também confirma outra informação também divulgada pelo governador: a empresa pretende produzir e fornecer principalmente óleo combustível utilizado por navios (bunker) – o plano estratégico é aproveitar a exigência de um bunker menos poluente, estipulada pela Organização Marítima Internacional (IMO)., que entrou em vigor este ano.

Gabriel Debellian revelou à reportagem do Valor que a Noxis agora busca fundos de investimentos interessados em aportar recursos, mas já mantém conversas com três grupos de engenharia brasileiros, que poderiam realizar a obra da refinaria.

O grupo também já negocia com empresas como a Siemens, que ficará a cargo da informatização do empreendimento. Além disso, a companhia possui carta de intenções assinada com multinacionais, para fornecimento do óleo que será refinado e para a venda do combustível à multinacional dinamarquesa ‘Bunker One’.

Ainda na matéria publicada pelo jornal Valor, o presidente informou que a companhia deve investir cerca de US$ 5 milhões para o detalhamento do projeto e licença ambiental de instalação.