As Estatísticas do Registro Civil totalizaram 1,1 milhão de casamentos entre cônjuges masculino e feminino, em 2014, enquanto entre cônjuges de mesmo sexo, houve 4.854 registros (0,4% do total de casamentos).
Ao longo da série histórica da pesquisa (1974 a 2014), a idade média dos homens ao se casar passou de 27 para 30 anos, enquanto a das mulheres passou de 23 para 27 anos.
Já nos casamentos homoafetivos, a idade média observada foi de 34 anos tanto para homens quanto mulheres, em 2014. Entre 1984 e 2014, o número de divórcios cresceu de 30,8 mil para 341,1 mil, sendo que a taxa geral de divórcios passou de 0,44% (0,44 por mil habitantes de 20 anos ou mais de idade), em 1984, para 2,41%, em 2014, com maior incidência no Distrito Federal (3,74%) e menor no Amapá (1,02%).
A idade média das mulheres na data da sentença do divórcio, em 2014, era 40 anos, enquanto a dos homens era 44 anos. Persistiu a predominância das mulheres na responsabilidade pela guarda dos filhos menores de idade a partir do divórcio (85,1%, em 2014), mas a guarda compartilhada cresceu de 3,5%, em 1984, para 7,5%, em 2014.
A edição 2014 das Estatísticas do Registro Civil mostra as transformações na sociedade brasileira ao longo de 40 anos. O estudo resulta da coleta das informações prestadas pelos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais, Varas de Família, Foros ou Varas Cíveis e os Tabelionatos de Notas do País. Em São Paulo, os dados resultam de convênio entre o IBGE e a Fundação Sistema Estadual de Análises de Dados – SEADE. Todas as informações da pesquisa estão disponíveis em
Recasamentos passam de 13,7% (2004) para 23,6% (2014) do total de casamentos
Embora os casamentos entre cônjuges masculino e feminino solteiros permaneçam como o conjunto majoritário em relação aos outros estados civis, essa tendência vem diminuindo gradualmente com o passar dos anos. Entre 2004 e 2014, verificou-se uma redução de 9,9 pontos percentuais nesse indicador (de 86,3% para 76,4%).
Em paralelo, houve crescimento da proporção de recasamentos (quando pelo menos um dos cônjuges tinha o estado civil divorciado ou viúvo), representando 23,6% do total das uniões formalizadas, em 2014, contrastando com os percentuais de 13,7% (2004) e 17,6% (2009).
Nos casamentos entre cônjuges de mesmo sexo, no período 2013-2014, observou-se também a predominância de uniões entre pessoas solteiras, tanto entre os casais masculinos (82,3%; 80,1%), como nos femininos (75,5%, em ambos os anos). Por outro lado, a proporção de recasamentos era maior entre as mulheres (24,3% e 24,5%). Para os homens essa proporção foi de 17,4%; e 19,9%, respectivamente.
Divórcios têm maior incidência no DF (3,74%) e menor no Amapá (1,02%)
Entre 1984 e 1994, o número de divórcios concedidos mais que triplicou, passando de 30.847 para 94.126. Em 2004, observou-se uma aceleração moderada do número dos registros de divórcio concedidos, os quais totalizavam 130.527, evidenciando um aumento de 38,7% em relação à década anterior. Em 2014, foram realizados 341.181 divórcios um crescimento de 161,4% em relação à década anterior e de 5,0% frente a 2013.
Duração média dos casamentos caiu de 19 para 15 anos em quatro décadas
A idade média do homem ao se divorciar, passou de 44 para 43 anos, entre 1984 e 2014, enquanto a das mulheres era de 40, nos dois anos. Para os homens, a menor idade média, em 2014, foi observada no Acre: 41 anos. Entre as mulheres, a menor idade média, de 38 anos, foi verificada nos estados de Rondônia e Acre.
No período 1984/2014, constatou-se redução na duração dos casamentos, de 19 para 15 anos (tempo médio transcorrido entre a data do casamento e da sentença de divórcio ou da escritura de divórcio).
Em 2014, os casamentos duravam mais tempo, em média, nas regiões Nordeste e Sul (16 anos em ambas). Entre os estados, destacou-se o Piauí, com 18 anos.
Fonte: IBGE
Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas
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