Em conversa com o BLOG DO MAX, o senador Rogério Carvalho (PT) destacou reportagem publicada ontem pela Folha de São Paulo, dando conta de que a maior parte das pessoas internadas hoje em hospitais paulistas fez uso do chamado “tratamento preventivo”, que não possui comprovação científica.
“A maior parte das pessoas que estão internadas fez o tratamento preventivo, tomou ivermectiva ou cloroquina. É o que apontam relatórios divulgados por diretores de hospitais em São Paulo”, citou Rogério, que é médico e doutor em Saúde Pública.
“Essas pessoas se expõem mais. Grande parte dos que estão internados são os que não se cuidaram, não se isolaram, porque achavam que estariam protegidos, em tese, em função do uso dos medicamentos ‘prescritos’ pelo presidente”, disse o senador.
Ele também ressaltou uma pesquisa da Fiocruz que apontou: nas localidades em que o presidente Jair Bolsonaro foi mais votado, as pessoas estavam se expondo mais – e o índice de mortalidade também é maior.
Fake news
Rogério criticou a circulação de informações falsas sobre a pandemia e o coronavírus, as chamadas fake news, e afirmou que o “gabinete do ódio” continua funcionando e produzindo desinformação, inclusive com material relativo à covid-19. “O gabienete do ódio continua funcionando, continua como centro de inteligência, só mudou de IP e localização”, garantiu.
Tratamento
Por fim, Rogério acredita que a esta altura da pandemia, com tantos casos registrados, o Ministério da Saúde já deveria ter uma equipe registrando e classificando as terapias usadas nos hospitais brasileiros, trabalhando para criar um protocolo de atendimento aos pacientes acometidos pela covid-19.
“A doutroa Ludmila, quando estve com o Bolsonaro, falou isso. E quem consegue fazer isso tem menos morte, menos intubação, menos consumo de insumos”, concluiu o senador petista.
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