Poder e Cotidiano em Sergipe
12 de Maio 13H:07
PODER | Por Max Augusto

Secretária de Saúde não descarta lockdown em Aracaju

“Percebemos uma falsa impressão de que o vírus não está circulando, e as pessoas começam a achar que isso não vai chegar em Aracaju, voltando a circular, reduzindo o isolamento social”, falou Waneska Barbosa

Em reunião virtual com os vereadores, realizada ontem, a secretária municipal de Saúde de Aracaju, Waneska Barbosa, não descartou que a capital entre em lockdown. Segundo ela, o maior problema, até o momento, tem sido a recusa ao isolamento social.

 

“O espalhamento do vírus se dá em questão da redução do isolamento social. Em alguns períodos ele chegou a ser de 40%. O isolamento é o único caminho. Tudo é possível, inclusive o lockdown. As medidas estão sendo tomadas, vamos observando os números diariamente”, disse a secretária, em resposta a vereadores.

O objetivo do encontro com os parlamentares, convocado pelo presidente da Casa, Nitinho (PSD), foi esclarecer dúvidas dos parlamentares a respeito do novo coronavírus e do que está sendo feito pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) para combater a doença.

Estiveram presentes, além do presidente Nitinho, os vereadores Américo de Deus (PSD), Anderson de Tuca (PDT), Cabo Amintas (PSL), Elber Batalha (PSB), Emília Corrêa (Patriota), Fábio Meireles (PSC), Isac Silveira (PDT), Juvêncio Oliveira (PSD), Lucas Aribé (Cidadania), Pastor Alves (PSC), Prof. Bittencourt (PCdoB), Seu Marcos (PDT), Vinícius Porto (PDT) e Zezinho do Bugio (PSD).

A secretária fez um relato sobre a situação de Aracaju em relação à Covid-19.

“Em dezembro, com a pandemia na China, o prefeito nos chamou para fazer um alerta, porque chegaria por aqui. Em 14 de março tivemos o primeiro caso confirmado, até então importado da Espanha. Por volta do dia 20 de abril, começamos a perceber um aumento relativamente importante no número de pessoas que estavam adoecendo e na confirmação de exames. Isso demonstra que agora temos uma presença comunitária do coronavírus na população. Em 16 de março veio o primeiro decreto, pedindo a restrição de circulação das pessoas pela contenção. De lá para cá percebemos uma falsa impressão de que o vírus não está circulando, e as pessoas começam a achar que isso não vai chegar em Aracaju, voltando a circular, reduzindo o isolamento social. O grande problema do Coronavírus é a velocidade na transmissão das pessoas, e assim não conseguimos atender todo mundo que precisa”, disse Waneska.

Testes e EPIs

Os vereadores Anderson de Tuca, Emília Corrêa, Américo de Deus e Lucas Aribé perguntaram sobre os testes em massa e a situação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os trabalhadores da Saúde.

“O teste feito de forma oral, avalia a presença do vírus e só vai estar presente quando você tem três a cinco dias de início de sintomas. O teste rápido do Ministério da Saúde avalia se você tem o anticorpo, que só aparece quando você está na fase de recuperação da doença. Testagem em massa por teste rápido não tem efetividade, é só para inquérito epidemiológico. Os EPIs não estão faltando, estão em quantidade suficiente e com qualidade. Conselhos fiscalizaram locais de trabalho e atestaram isso.”, disse Waneska Barbosa.

Outro questionamento feito pelos parlamentares Elber Batalha, Zezinho do Bugio e Isac Silveira foi sobre o Hospital de Campanha, que está sendo construído no Estádio João Hora de Oliveira.

“A parte da estrutura está montada, fizemos um contrato de locação. Estamos na parte de instalações elétricas, hidráulicas e da rede de gases, em seguimento até o dia 15. Daí tudo será concluído, e o funcionamento deve começar no dia 16. Atualmente, temos cerca de 60 leitos já prontos para funcionamento. Ele será um hospital de referência, para transferência dos pacientes. O processo foi transparente e regular, sem irregularidade em contratações, aprovado pelo Ministério Público. Temos o processo seletivo de 740 vagas para diversas categorias feito em janeiro, e estes profissionais estão sendo chamados para o Hospital de Campanha. Para médicos, estamos fazendo a contratação emergencial”, afirmou Waneska.

Ela também respondeu aos vereadores Seu Marcos e Fábio Meireles, declarando que não é necessário que os profissionais de saúde que tiveram contato com colegas que testaram positivo sejam isolados.

“Nenhum profissional de saúde está autorizado a não trabalhar. Todos os profissionais estão trabalhando, na ponta ou na retaguarda. Se o teste der negativo, ele deve voltar ao trabalho, e se for positivo deve voltar aos 14 dias no isolamento. Se todos forem isolados, as unidades de saúde vão fechar”, disse a gestora.

Respondendo a Cabo Amintas, ela afirmou que as contratações de todos os profissionais foram regulares.

“Nosso levantamento é de que para pessoa física, só conseguimos empenhar R$ 112 mil para cada seis meses. Isso dá em torno de R$ 18.720 por mês. Por pessoa física, a hora no dia de semana é 105 reais, e 120 no fim de semana. A depender da carga horária que o profissional contrate, vamos ter o valor do empenho. Já a pessoa jurídica, posso ter um empenho de vários profissionais por seis meses”, destacou.

 


Com informações da Assessoria de Imprensa/CMA

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