Poder e Cotidiano em Sergipe
25 de Novembro 19H:13

Sergipe registra sete anos de seca intensa

A previsão é de alerta para o Sertão e Semiárido Sergipano. De acordo com o meteorologista Overland Amaral, que participou da realização da audiência pública da Alese  nesta sexta-feira, 25, sobre a problemática da seca  e da escassez de água que afeta o sertão sergipano, a climatologia atual sobre a região Nordeste aponta para o fechamento do  ciclo de 7 anos de seca em Sergipe.



Para frisar o cenário exposto pelo cientista,  para o período chuvoso deste ano,  trimestre de junho a agosto,  era esperado o índice pluviométrico de 700 milímetros,  quando  somente choveu 300 milímetros. Um abalo para a população e agricultura da região.



 “Estamos hoje no 5º ano de seca em todo o Nordeste e em Sergipe. Neste período o índice de pluviosidade (chuvas) foi extremamente abaixo da média histórica  prevista para todo o Estado,  e especialmente na região do Semiárido e Alto Sertão Sergipano.  Ou seja, categoricamente um período seco”, pontuou Overland Amaral.

Segundo explicou o meteorologista, os modelos climatológicos apontam que no próximo ano, 2017, semelhante situação que vivemos neste ano de 2016, será difícil para a agricultura e para o armazenamento de água.



 “Dentro dos nossos estudos, do modelo aplicado para a projeção da previsão climatológica, a tendência não é muito boa. É bom entender que estamos no 5º ano consecutivo desse quadro meteorológico e, a tendência é entramos no ciclo de 7 anos de seca. Estamos caminhando com a mesma situação para o próximo ano e a perspectiva é que em 2018 o ciclo de sete anos de seca se concretize”, prevê.



Ação antrópica
Segundo explica o meteorologista, que na ocasião da audiência pública representou o secretário de Estado do Meio Ambiente, Olivier Chagas, essa situação se agrava quando a situação de preservação e proteção ao Meio Ambiente é afligida pela ação do homem sobre a natureza.


“ Essa situação gritante da seca se dá ainda por efeito das ações antrópicas, como a retirada da cobertura vegetal, das matas ciliares das nascentes. Essa agressão quando feita sem controle a essas áreas,  agrava cada vez mais  o reabastecimento dos lençóis freáticos, que é uma situação séria e real, pois vivemos com essa situação. É fundamental contornar essa problemática como forma de minimizar os impactos causados pelas anomalias climáticas, a exemplo do El Nino, e outros fatores climáticos”, frisa o meteorologista da Semarh.

 

Por Agência Alese de Notícias

Foto 1: Jorge Henrique

Foto 2: Semarh

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