
Às vésperas do verão, estação mais quente e seca do ano, a previsão para o estado é de agravamento da estiagem, sobretudo no sertão.
De acordo com a sala de situação e monitoramento meteorológico e climático de Sergipe as temperaturas podem atingir 40 graus durante o período.
O sistema de monitoramento aponta maior gravidade nas regiões semiáridas, indicando estágios de seca fraca, moderada e grave. No litoral a umidade ameniza os efeitos, mas não impede o aumento da temperatura.
A previsão é que essa situação permaneça até o mês de abril, influenciando no atraso da estação chuvosa.

Segundo explica Overland Amaral, coordenador da sala de situação,
o aumento da temperatura está relacionado ao El Niño, um fenômeno climático que influencia no aumento das temperaturas das águas superficiais do Oceano Pacífico, modificando a circulação geral da atmosfera no Brasil. “Enquanto nas regiões Sul e Sudeste o fenômeno se apresenta sob chuvas intensas, no Norte e Nordeste se caracteriza pelo tempo seco e quente”.
Diante do aumento da temperatura, a sala de situação informa que está havendo diminuição da umidade relativa do ar, que tem estado em torno de 30% nos semiárido. O percentual habitual é de 70%.
“Essa baixa é comum nos períodos quentes e secos, mas pode acarretar riscos leves à saúde humana e animal. Por isso é fundamental que os produtores rurais busquem uma alternativa para minimizar os efeitos na produção”, alerta Overland.
A sala de situação e monitoramento meteorológico e climático de Sergipe está localizada na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh).
A coordenação é responsável pelo monitoramento das condições meteorológicas e climáticas com o intuito de detectar possibilidades de eventos extremos, tanto de seca quanto chuvosos. Quando as possibilidades são detectadas, um boletim é emitido para a Defesa Civil.
Fonte: ASN
Foto1: André Moreira/Equipe JC
Foto2: Paulo Tim Tim