Nervosismo, sofrimentos psicológicos e problemas físicos, como dor de barriga, cansaço excessivo e tonturas, falta de energia, são alguns dos sintomas da estafa profissional
No mês dedicado ao Janeiro Branco, que celebra uma década de conscientização em prol da saúde mental, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) destaca a importância de alertar sobre a Síndrome de Burnout, também conhecida como estafa profissional. Caracterizada por um desgaste emocional e psicológico, essa condição desenvolve-se gradualmente, atingindo seu ápice após um período significativo de estresse. A SES enfatiza a necessidade de atenção aos sinais apresentados pelo corpo, uma vez que o trabalho, embora vital para atender às necessidades individuais, pode se tornar uma fonte de exaustão.
Luciana Alves, uma enfermeira que enfrentou a Síndrome de Burnout, compartilha sua experiência ao dedicar demasiado tempo ao trabalho. Em 2019, crises de agitação e insatisfação a levaram a buscar ajuda psicológica, identificando o ambiente de trabalho como o principal desencadeador. Recorrendo à terapia e medicamentos, Luciana realizou uma jornada de dois anos de recuperação, incorporando atividades relaxantes em sua rotina.
Causas comuns da síndrome incluem insegurança no trabalho, falta de apoio, ausência de clareza nas funções e falta de independência na gestão do trabalho. Os sintomas variam de nervosismo e sofrimento psicológico a problemas físicos como dor de barriga, cansaço excessivo e tonturas. Ivete Oliveira Góis, psicóloga clínica e referência técnica da SES, destaca a importância da prevenção, autocuidado e bem-estar pessoal, incentivando conexões saudáveis no ambiente profissional e a busca por apoio de profissionais de saúde mental, se necessário.
No que diz respeito ao tratamento, a psicóloga explica que a terapia é a principal abordagem, podendo ser complementada com antidepressivos e/ou ansiolíticos. O tempo de recuperação varia de um a três meses, sendo possível estender-se em casos mais complexos. Técnicas como respiração, exercícios físicos e meditação com mindfulness são recomendadas para acelerar o processo de cura.
Luciana destaca a importância das terapias e atividades de lazer em seu processo de recuperação, enfatizando a conscientização sobre a necessidade de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Ela encerra com um apelo à solidariedade, ressaltando a importância de estar atento aos colegas de trabalho e oferecer apoio mútuo. Essa abordagem holística, aliada à conscientização contínua sobre a Síndrome de Burnout, contribui para a promoção da saúde mental na sociedade.
Com informações de Agência Sergipe de Notícias
Foto: Ascom/SES
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