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30 de Abril 12H:20
COTIDIANO

Sonia Meire promove Audiência Pública em defesa da educação pública em Aracaju

Na tarde desta terça-feira, 29 de abril, a gabineta da vereadora Professora Sonia Meire (PSOL) realizou a Audiência Pública “Semana Nacional da Educação: por uma educação pública, gratuita, democrática e liberdade de cátedra”, no plenário da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), com apoio do Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema) e do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Sergipe (Sintese).

Participaram da audiência e estiveram na mesa, a vice-presidente do Sindipema, Sandra Beiju, o presidente do Sintese, Roberto Silva e a deputada estadual pelo PSOL, Linda Brasil. A audiência fez parte da mobilização nacional em prol da Semana Nacional de Educação convocada pela Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE), e proporcionou um debate fundamental para refletir o atual cenário da educação pública, elencando demandas urgentes, fortalecendo a valorização profissional dos educadores e reafirmando o compromisso da mandata da vereadora com as famílias, estudantes e educadores, de uma escola pública, gratuita, inclusive, de qualidade e com compromisso social.

“Nosso objetivo foi colocar para a população as questões concretas com que a comunidade escolar e as pessoas têm enfrentado. Nós estamos na Semana Nacional de Educação, e diversas atividades têm acontecido. Aqui no estado, temos sindicatos que estão na defesa da educação 100% pública. Sabemos do avanço da privatização por dentro da educação, e nós precisamos, cada vez mais, aprofundar este debate sobre como isso é uma ameaça ao sistema educacional. Estão desrespeitando a autonomia da escola, e nós precisamos avançar”, disse Sonia Meire.

O presidente do Sintese, Roberto Silva, destacou a importância de debater a educação pública em um espaço como a Câmara Municipal de Aracaju. Ele enfatizou os desafios enfrentados diariamente por trabalhadores e estudantes. “Nós estamos sob ataque permanente. Há uma tentativa de transformar a escola pública em uma empresa privada. Uma tentativa de padronização do ensino, numa proposta de competências e habilidades, e isso passa pelo interesse das empresas que vendem pacotes institucionais prontos, que não têm nenhuma relação com a realidade dos nossos estudantes. Todo esse projeto quer atacar o nosso fazer pedagógico e precisa ser combatido, lutando para que o professor tenha o seu direito de cátedra assegurado”.

A vice-presidente do Sindipema, Sandra Beiju, fez uma reflexão que a escola e as políticas de educação que existem não foram inventadas pelos professores e professoras. “Os problemas que nós enfrentamos hoje são um acúmulo da história deste país. Nós precisamos da valorização do trabalho docente e dos demais profissionais da educação, porque toda pessoa que trabalha na escola tem um papel educador. A escola é um espaço humanizador, e todo mundo que está dentro dela tem o papel de educar. Para isso, precisamos de investimentos financeiros conectados a cada realidade local. Nós, no nosso papel de professora e professor, ainda mais numa conjuntura atual excludente e opressora, devemos fazer o nosso trabalho dentro da escola, reivindicando tudo que temos direito. Quando nós vamos para as ruas reivindicar, tudo que pedimos nas nossas pautas está incluído nossos estudantes. Toda vez que eu levanto para defender a educação que eu acredito, eu faço pensando em cada criança que está na minha escola. É isso que temos que continuar fazendo, indo para as ruas, mas fazendo nosso trabalho com compromisso ético, buscando a fundamentação que sustenta a nossa prática”.

A deputada estadual Linda Brasil, mestra em educação, destacou o papel da educação na transformação social e na garantia de direitos. “O movimento perverso que quer retirar a discussão de gênero dos planos de educação, por exemplo, tem o propósito de controlar e enganar as pessoas, deixá-las sem consciência crítica. Nós precisamos continuar denunciando e dizer que confiamos muito nessa educação transformadora, libertadora e que garanta, antes de tudo, a liberdade dos professores de ensinar”.

O público presente também trouxe reflexões após as falas da mesa. A vereadora Professora Sonia Meire finalizou afirmando que o controle do trabalho educativo não é mais totalmente de quem constrói a educação. “Nossa construção da educação no chão da escola sempre se deu a partir de um projeto político-pedagógico que envolvia todo o trabalho da escola. Se tínhamos crítica a uma escola apenas conteudista, hoje nem isso é mais. E isso faz parte de um projeto de negação da ciência. Se a escola se isola das questões do mundo real, então para que o conhecimento científico? Não tem sido fácil ser professor e professora, mas vamos caminhar, porque educação pública é um direito e é uma educação de classe que nós defendemos, pois a classe trabalhadora é a maioria da população”.

Fonte e foto: Manuella Miranda /  Thay Rocha / Assessoria de Imprensa da Parlamentar

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