Mais um capítulo do caso das Subvenções da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) está prestes a acontecer. Desta vez será o julgamento da conselheira e ex-deputada estadual Angélica Guimarães.
Marcado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para 9 horas do próximo dia 29, quarta-feira, o julgamento se refere à Ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) no tocante à suspeita de fraude na utilização das verbas de Subvenção, escândalo que veio à tona em dezembro de 2014.
À época, Angélica Guimarães presidia a Alese e, segundo apuração realizada pela procuradora Eunice Dantas, a Unidade de Saúde Mista Doutora Angélica Guimarães, localizada no município de Japoatã, teria recebido R$ 580 mil por indicação da deputada.
Entre os denunciados no processo que envolve a conselheira Angélica, está a líder comunitária Ana Kelly de Jesus Andrade, dirigente do Centro Social de Assistência Serrana, em Itabaiana, entidade que foi contemplada com R$ 100 mil, por indicação de Angélica Guimarães, quando era deputada.
Segundo informações da procuradora Eunice Dantas, as investigações tiveram início na PRE em Sergipe, que não conseguiu identificar a destinação daqueles recursos públicos.
Na época, segundo Eunice Dantas, foi comprovado que o imóvel onde funcionaria a entidade era de propriedade da família de Kelly, que tinha exercido o cargo de assessoria parlamentar lotada no gabinete da então deputada.
Além de Kelly, também foi investigado o diretor da Associação dos Moradores Carentes de Moita Bonita, que recebeu R$ 80 mil a título de verbas de subvenções, em 2014, também por indicação da então deputada Angélica Guimarães.
A suspeita do MPF é de que esses recursos tenham sido desviados ou aplicados irregularmente, inclusive com gastos na eleição.
O relator do processo é o ministro Benedito Gonçalves e os advogados da conselheira são Márcio Macêdo Conrado, Ciro Bezerra Rebouças Júnior e Lays do Amorim Santos.
Foto: Ascom/TCE
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