"Todo mundo espera a substituição do secretário de Saúde", afirma Rogério Carvalho

O presidente do Partido dos Trabalhadores em Sergipe, Rogério Carvalho, afirmou que o governador Belivaldo Chagas está demorando para dar uma solução ao destino da pasta da Saúde, que tem à frente o ex-senador Almeida Lima. Segundo ele, a população anseia pela saída do atual secretário.

"Eu estou falando da expectativa da população que isso se resolva. Todo mundo espera a substituição do secretário de Saúde. A gente não vê satisfação de uma maneira geral, o que a gente vê são pessoas esperando para serem tratadas, esperando procedimentos básicos", afirmou Rogério em entrevista ao radialista George Magalhães.

Rogério também afirmou que a decisão por um novo nome para o cargo de secretário de Saúde precisa ser do próprio governador, devido à complexidade da Pasta.

Perguntado sobre a implantação do Centro Administrativo da Saúde, Rogério afirmou que o valor gasto na mobilização poderia ser revertido em mais investimento na Saúde sergipana.

"Quanto custou a implantação daquilo? Se foi R$ 5 milhões é mais do que um mês pleno de funcionamento do Hospital Cirurgia, que salvaria várias vidas. Será que isso vale mais?, quetionou.

O ex-deputado também fez questão de externar a sua opinião sobre os primeiros dias de governo de Belivaldo Chagas.

"Acho que ele está fazendo um grande esforço em ter o comando da máquina. Mas, em alguns casos, ele tem perdido a oportunidade de passar para a sociedadea sua marca. Governar é mais do que atender expectativas imediatas. É preciso não frustrar a opinião pública. Ele precisa caracterizar-se como alguém de decisão", disse.

Pesquisa Dataplan

Sobre a pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Dataplan e o desejo de partidos políticos em ingressar na Justiça com pedido de impugnação, Rogério afirmou que foi vítima de pesquisas no pleito de 2014.

"Fui vítima de pesquisas em 2014, que foram divulgadas com números que não refletiam o pensamento médio da população. Pelo que vi dessa pesquisa, tem uma quantidade enorme de indecisos. Parece que a democracia não tem interesse nenhum. Eu contrato uma pesquisa e defino os critérios para influenciar nos resultados", pontua.

Questionado sobre uma possível aliança com o PSB, Rogério não descarta a possibilidade, porém diz que ainda vai conversar com Belivaldo e seu agrupamento: "Não há essa possibilidade, por ora, de uma mudança de rumo. Tudo vai depender das conversas que a gente tiver com Belivaldo e com o PSD. Neste momento estamos no bloco".

Relação com Jackson

Por último, Rogério falou sobre a sua relação com o ex-governador Jackson Barreto. "Faz um tempo que não converso com o ex-governador. Fui presidente do partido, defendi a coligação com Jackson Barreto e sempre fui um bom aliado. Nunca andei colocando faca no pescoço. Esperava muito mais dele (Jackson). Não gostei dele insinuar que eu não poderia disputar eleição porque respondia a processo".

Apesar da declaração, Rogério deixou o caminho aberto ao retorno do diálogo com Jackson Barreto. "Isso nos afastou, mas estou aberto a uma conversa. Eu não fui procurado", finalizou.

Foto: Agência Câmara