Os membros do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE/SE), por unanimidade (7 a 0), julgaram como improcedente o pedido de cassação do mandato do deputado Ibrahin Monteiro (PSC), feito pelo Ministério Público Federal (MPF).
A procuradora regional eleitoral informou que vai analisar a viabilidade de recorrer ao TSE.
Ibrahin e seu pai, o prefeito afastado de Lagarto, Valmir Monteiro (PSC), foram acusados de abuso de poder econômico e político durante as eleições de 2018.
Depois da cassação do deputado Talysson de Valmir e do governador Belivaldo Chagas, Ibrain Monteiro foi inocentado.
Amanhã, o deputado federal Bosco Costa encara o mesmo tribunal, onde pode também perder o mandato.
A acusação
Segundo o MP Eleitoral, para promover o então candidato a deputado estadual Ibrain Monteiro foi usada a máquina administrativa da Prefeitura de Lagarto. O prefeito do município, Valmir Monteiro, pai de Ibrain, durante o período eleitoral, realizou vários eventos e ações da prefeitura para projetar a candidatura do filho.
O MP Eleitoral também apontou que a gestão do município reforçou o uso da cor verde, a mesma da campanha do candidato a deputado. A identidade visual do programa Prefeitura Itinerante era verde. A iluminação de evento promovido pela prefeitura também foi verde.
O Fórum de Saúde da prefeitura também foi ornamentado de verde e o uniforme dos servidores confeccionados na mesma cor. Até as casas populares entregues em Lagarto foram pintadas de verde. “Foi claro o uso da cor verde para vincular a prefeitura de Lagarto com a campanha de Ibrain Monteiro, filho do prefeito”, destacou Eunice Dantas.
Na ação, o MP Eleitoral também demonstra o inteiro engajamento de Valmir Monteiro na campanha do filho. “A prefeitura de Lagarto realizou vários eventos com a presença do então candidato Ibrain Monteiro em destaque, ao lado de seu pai, o prefeito do município”, aponta a procuradora Regional Eleitoral.
“Ibrain usou eventos públicos como palanque, ocupando lugar de destaque, entre correligionários e possíveis eleitores, com a finalidade de receber visibilidade direcionada à campanha eleitoral. Valmir utilizou-se indevidamente dos atos oficiais da entidade municipal para publicizar apoio político ao descendente”, explica Eunice Dantas.
A ação tramita na Justiça Eleitoral sob o número AIJE 0601587-76.2018.6.25.0000
Com informações da Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal em Sergipe
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