Um marco na política de preservação ambiental da capital sergipana. Assim
pode ser classificado o Plano de Manejo do Parque Natural Municipal do
Poxim, um documento elaborado pela Prefeitura de Aracaju, por intermédio da
Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), que define normas de uso dos
recursos naturais numa das áreas remanescentes de vegetação nativa no
município, garantindo a manutenção dos processos ecológicos para as futuras
gerações.
O Parque Poxim, criado pelo decreto 5.370, de 2 de agosto de 2016, é formado
predominantemente por ecossistema de manguezal. Esta Unidade de Conservação
(UC) abrange uma área equivalente a quase 20 estádios de futebol e está
localizada dentro dos limites dos bairros Inácio Barbosa, Farolândia e São
Conrado, sendo a sua parte leste banhada pelo Rio Poxim.
Na prática, o Plano de Manejo aborda diversos estudos, incluindo
diagnósticos dos meios físico, biótico, socioeconômico e urbanístico do
local, e estabelece regras, restrições para o uso, além de ações a serem
desenvolvidas, bem como o manejo de recursos naturais da Unidade de
Conservação.
Apresentado à sociedade durante a Semana Municipal do Meio Ambiente, no mês
passado, o Plano é um documento norteador de como o parque poderá ser
utilizado e como ele poderá ser incorporado aos demais ativos ambientais da
cidade.
“Esse documento é fundamental para a formulação da Política Pública de Meio
Ambiente da cidade de Aracaju. Ele foi produzido a partir de estudos sobre
as condições da área do Parque Natural do Rio Poxim, uma área de mais de
1,8 km², destinados à conservação na cidade. Ainda temos mais passos a
serem dados, no sentido de construção de um comitê gestor da área e, a
partir disso, documentos adicionais, incorporação de instituições de ensino
e pesquisa, novos estudos para agregar mais conhecimento, mais integração e
com isso levar o que é fundamental para o desenvolvimento e aprendizado
sobre a área”, explica o secretário do Meio Ambiente, Alan Lemos.
O Plano de Manejo também inclui medidas para promover a integração da UC à
vida econômica e social das comunidades vizinhas e atribui regras para
visitação do Parque. Além disso, descreve o zoneamento do parque, ou seja,
organiza espacialmente em zonas sob diferentes graus de proteção e
restrições de uso.
Para que seja colocado em prática, a gestão dispõe de um programa, que
envolve o conhecimento do espaço, com o estudo dos recursos naturais e o
entendimento de como o rio Poxim e o Parque são utilizados pela comunidade
do entorno para as atividades de pesca e extrativismo de mariscos e
crustáceos sob o viés histórico-cultural.
O programa diz respeito, ainda, ao uso público, com a promoção de
atividades de lazer que não prejudiquem a conservação da biodiversidade; ao
manejo no sentido de assegurar a evolução natural dos ecossistemas (no seu
todo ou através de amostras representativas destes habitats, biótopos e
biocenoses), e, por fim, à operacionalização do local, ou seja, a gestão de
pessoas que trabalharão na unidade, a criação de parcerias e acompanhamento
das obras de infraestrutura necessárias.
Com o Plano de Manejo pronto e entregue à sociedade, a missão de garantir a
conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos do manguezal e
apicum, por meio da promoção de atividades de pesquisa científica,
interpretação, educação ambiental e recreação, com enfoque na apropriação
social da Unidade de Conservação inserida no contexto urbano de Aracaju,
avança, o que melhora a qualidade de vida da população, agora, e a estende
para as gerações futuras.
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