“Vamos ao segundo turno e de lá seremos o vencedor“, afirma Valadares Filho

O candidato a prefeito de Aracaju, apoiado por 13 partidos, Valadares Filho (PSB) entende que o começo da campanha eleitoral na TV e no rádio é ponto forte para que ele mostre que tem ‘um projeto que impulsiona Aracaju para o futuro’.

“Estamos convencidos de que com a entrada da campanha na reta da TV e do rádio, a compreensão do nosso projeto pela comunidade vai ser o divisor de águas desta eleição”.

VF diz que a pesquisa Ibope não abalou a sua convicção de que se fará prefeito de Aracaju e que o acordo com os Amorim não envolve partilha de governo e nem compromisso para 2018. Veja entrevista que ele concedeu ao BLOG DO MAX/JORNAL DA CIDADE.

BLOG DO MAX - Como está sendo o início da campanha?
Valadares Filho - Está sendo muito bom, com muita receptividade por parte das pessoas nas ruas. Elas se sentem à vontade diante das nossas propostas e do novo. As carreatas de bairros que estamos realizando são marcadas por um calor humano muito acolhedor e agradável. Onde paramos para mostrar nosso Plano de Governo, a entidades de classe ou a pessoas que nos procuram para saber tópicos, a visão que elas têm dos nossos compromissos para com a cidade é a melhor possível.

BM - Como o senhor avalia a primeira pesquisa Ibope divulgada? Como a campanha é muito curta, o senhor acha que será possível reverter aqueles números?
VF - Eu já disse a este Jornal da Cidade que pesquisa é pesquisa, e que o mais importante é saber interpretá-la. Na minha avaliação, é significativo ser um candidato oposicionista enfrentando dois candidatos governistas e me posicionar em empate técnico de segundo lugar. É claro que a campanha, como você diz, é curta, mas dá muito bem para assumir a dianteira. E vamos assumir.

BM - Teremos um segundo turno em Aracaju?
FV – Teremos, sim. Estou certo de que vamos ao segundo turno e de que lá sairemos o vencedor. Veja aqui uma questão de interpretação importante: os números do Ibope colocam a mim e aos demais quatro colegas candidatos com uma margem à frente da soma do candidato do Governo do Estado e do quantitativo do candidato da Prefeitura. Isso mostra que a maioria dos aracajuanos não quer nem um e nem o outro. Estamos convencidos de que com a entrada da campanha na reta da TV e do rádio, a compreensão do nosso projeto pela comunidade vai ser o divisor de águas desta eleição. Nós temos um projeto que impulsiona Aracaju para o futuro.

BM - O senhor tem falado que o foco da sua campanha será a apresentação de propostas. Quais são as principais que o senhor apresentará para a Saúde?
VF – A política não aceita mais aquela discursaria populista, demagógica e vazia. Nós sentimos, dos debates prévios, que as pessoas estão cansadas de gestões e gestores fracos. Veja a Saúde, por exemplo: sabemos que há uma rede boa, com 43 UBS, dois hospitais municipais, mais de quatro mil e duzentos servidores, 500 médicos. Mas por que não funciona? Além de botar ordem nisso, nossa gestão tem 10 propostas que vão desde a construção de um Centro de Exames por Imagem, com ressonância magnética, tomógrafos, ultrassons, raio X, etc, aberto dia e noite e sete dias por semana, à criação do Centro de Referência da Mulher Itinerante, com Unidades Móveis (com caminhões) e fixas, para atendimento das demandas dos diversos grupos sociais, até a ampliação do horário de atendimento das Unidades Básicas de Saúde e implantação do sistema próprio para marcação de consultas, exames, internamentos e cirurgia, utilizando tecnologias e aplicativos (Exemplo: aviso de consulta por WhatsApp). Daremos atenção especial à melhora da gestão da distribuição dos medicamentos, especialmente para os doentes crônicos, como diabéticos, hipertensos, renais. Daremos uma atenção especial ao trabalhador da Saúde, evitando os desgastes da classe, as greves e os incômodos aos usuários. Nosso choque de gestão vai começar por aqui: gente com sensibilidade cuidando dessa área.

BM - E para Segurança Pública?
VF - Não partimos da comodidade de que segurança é papel do Estado. É da Prefeitura, também. Teremos uma Guarda Municipal que vai além de vigiar o patrimônio da Prefeitura. Vamos fortalecê-la e ampliá-la em sua atuação. Vamos fortalecer, ampliar e valorizar o quantitativo e qualitativo. Vamos realizar ações integradas com órgãos municipais, estaduais e federais e as entidades da sociedade civil para a melhoria da segurança urbana. Resolver a situação precária da iluminação pública nos bairros mais carentes.

JC – E como seu eventual governo encara a área de Educação?
VF – Com a responsabilidade de que deveremos ter uma escola que prepare o aluno para a vida, o mercado de trabalho e para seguir em frente em outras etapas futuras da carreira estudantil. Uma escola que integre a família, a comunidade. Que tenha merenda de qualidade, adquirida sob condições normais de licitação e a preço justo. Nosso programa tem 14 propostas para a educação. Vamos desenvolver ações para reduzir o analfabetismo de jovens e adultos, incentivando a continuidade de programas que tenham esse objetivo. Investiremos na capacitação, qualificação e valorização dos profissionais de educação (secretária, merendeira, vigilante), assegurando melhores condições de trabalho e fortaleceremos as relações da escola com a comunidade, intensificando a criação de projetos que envolvam a família, trazendo para o seio da escola, com reflexos positivos para a aprendizagem e a redução da evasão, da distorção idade/série.

BM – Qual a sua visão para obras e urbanismo?
VF - Obra geralmente é espinha dorsal de Governos. Com o nosso não vai ser diferente. Teremos um Plano de Saneamento Básico, em fase final de elaboração, e ele vai desenvolver projetos de melhoria das condições de drenagem, priorizando os bairros Santa Maria, Aeroporto, 17 de Março, Zona de Expansão e Jabotiana, Treze de Julho, São José e Salgado Filho, Farolândia. Isso se faz com obras. Queremos construir quatro mil unidades habitacionais, assim como construiremos dez novas creches, através de parcerias com ONGs, sindicatos, igrejas, empresas e instituições. Ampliaremos a malha de ciclovias. Implantaremos obras e serviços para contenção e recuperação das áreas degradadas por ocupações irregulares e dragaremos o Rio Poxim no trecho fluvial situado no bairro Jabotiana.

BM - Como prefeito, o senhor se compromete a deixar o quê como legado? Que obras, que ações?
VF - Queremos deixar o legado de um Governo que se preocupa com gente. Tenho dito que gastaremos mais com as pessoas que com a máquina de administração.

BM - Seus dois principais concorrentes já foram prefeitos. Quais foram as principais falhas nas suas administrações?
VF - Não há problema em ter sido prefeito. Há em ter sido e não apresentado soluções para problemas básicos da cidade. O nosso saneamento é muito escasso. A saúde pública tem complicações graves. A mobilidade é carente de soluções. E, especificamente no caso de João Alves, ele trata os servidores de um modo atrasado.

BM - Houve acertos nas administrações de João e Edvaldo? Quais? Algo que o senhor dará continuidade, caso eleito?
VF - Ambos deixaram a desejar. O Edvaldo fez o Bairro 17 de Março e entregou ao deus-dará. No de João, houve ganhos na educação. Nós a melhoraremos.

BM - Sua aliança com o grupo do senador Amorim e do deputado André Moura envolve algum acordo para 2018? O senhor tem o compromisso de apoiá-los para algum cargo em 2018?
VF - O processo de 2018 será debatido no memento adequado. O foco agora é Aracaju. O novo grupo nos tem sido muito leal, representado na nossa chapa pelo pastor Antonio do Santos, um grande amigo e político extraordinário, que governará ao meu lado os destinos da nossa capital.

BM - Caso o senhor seja eleito, qual o futuro do senador Valadares para 2018? O que ele tem conversado com correligionários e aliados de outras siglas?
VF - O senador Valadares é um dos homens públicos mais importantes que Sergipe já teve, pela sua conduta ética e compromisso com o Estado. Ele tem dito inclusive publicamente que não disputará a reeleição.