Comércio varejista sofre queda de 9,1% em outubro
De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em outubro de 2016, o volume de vendas no varejo recuou 0,8% frente a setembro, na série com ajuste sazonal, quarto resultado negativo consecutivo nessa comparação, acumulando perda de 3,2% nesses quatro meses. Já a receita nominal de vendas recuou 0,5% frente a setembro.
Nas demais comparações, nas séries sem ajuste sazonal, o volume de vendas do varejo recuou 8,2% no confronto com outubro de 2015, décima nona taxa negativa consecutiva nessa comparação e a mais intensa desde maio de 2016 (-9,0%). Assim, o acumulado no ano recuou 6,7%, enquanto o acumulado nos últimos doze meses (-6,8%) teve a queda mais intensa desde o início da série histórica, em 2001. Já a média móvel da receita nominal de vendas cresceu 1,9% sobre outubro de 2015, acumulando 4,8% no ano.
O Comércio Varejista ampliado, que além do varejo inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, recuou 0,3% de setembro para outubro, na série ajustada sazonalmente, após ficar estável em setembro. Já a receita nominal recuou 0,5%, após avançar 0,4% em setembro.
Em relação a outubro de 2015, o volume de vendas do varejo ampliado recuou 10,0% e a receita nominal de vendas caiu 2,7%. As taxas acumuladas foram de -9,3% no ano e -9,8% nos últimos 12 meses para o volume de vendas, e de -0,8% e -1,4% para a receita nominal, respectivamente. Ver resumo na tabela 1 abaixo.
Frente a outubro de 2015 (série sem ajuste sazonal), o volume de vendas do comércio varejista recuou em 25 dos 27 estados e os recuos mais intensos foram na Paraíba (-18,7%) e no Amapá (-16,9%). As influências mais intensas sobre a taxa do varejo vieram de São Paulo (-6,4%) e Rio de Janeiro (-10,6%).
Para o comércio varejista restrito, aquele representado pelos segmentos - 1. combustíveis e lubrificantes; 2. hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 3. tecidos, vestuário e calçados; 4. móveis e eletrodomésticos; 5. artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e perfumaria; 6. livros, jornais, revistas e papelaria; 7. equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação; 8. outros artigos de uso pessoal e doméstico -, as vendas em outubro apresentaram uma recuperação de 0,7% em relação ao mês de setembro.
Na mesma direção, a receita nominal de vendas também apresentou recuperação em outubro, com variação positiva de 1,1%. Comparando o mês de outubro de 2016 em relação ao mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas sofreu um recuo de 7,2%, menor que o mês anterior. No ano, o volume de vendas acumula uma variação de (-11,6%), assim como em doze meses (-11,6%).
O varejo em Sergipe recuperou as vendas, mesmo que levemente, nos últimos dois meses (setembro e outubro), o que pode sinalizar um final de ano com uma dinâmica melhor.
Alguns segmentos tiveram um comportamento positivo na recuperação das vendas do varejo restrito, como: 1- Hipermercados e supermercados; 2- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; e 3- Outros artigos de uso pessoal e doméstico.
Apesar do varejo ampliado seguir trajetória descendente, os dados mostram que as vendas nesse segmento estão caindo menos. Em janeiro, o volume de vendas apresentou uma queda de 17,5%, já em outubro o volume de vendas teve o menor recuo do ano, 9,1%.
A recuperação do varejo ampliado (incluem as atividades de veículos e de material de construção, além daquelas que compõem o varejo restrito), só deve acontecer em 2017, se a economia der sinais de recuperação e a inflação deixar de corroer o poder de compra dos consumidores.
Fecomércio
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