O deputado Gilmar Carvalho voltou a falar sobre os hospitais filantrópicos, que estão atravessando uma fase de grandes dificuldades devido ao atraso no repasse de verbas municipais.
Nesta segunda-feira, 2, o deputado destacou que não há cronograma de pagamento por parte do município e alertou que os hospitais estão sem condições de manter os atendimentos, a exemplo do São José, que suspendeu os serviços essa semana.
Em entrevista ao programa Fala Sergipe, apresentado pelo próprio Gilmar Carvalho, o assessor jurídico da Secretaria, Carlos Diego, foi questionado sobre a falta de pontualidade nos pagamentos e justificou os atrasos culpando a administração passada.
“Nós estamos tentando quitar primeiro os débitos deixados pela gestão anterior. Temos que respeitar essa lógica de pagamentos e mesmo assim, temos feito os repasses, embora reconheçamos os atrasos”, pontuou o assessor da Prefeitura.
No entanto, o parlamentar observou que não há condições desses hospitais funcionarem sem essa verba e deixou claro que as pessoas menos favorecidas, que precisam do atendimento pelo SUS, são as grandes prejudicadas com esta realidade.
Carlos Diego informou que o município quitou R$ 5 milhões em débito da administração anterior e vem lutando para acertar a situação financeira das unidades de saúde.
Segundo o assessor, a atual gestão pegou o município falido, com os cofres zerados. “Diante da dificuldade que Aracaju vivencia, temos pago, sim, os hospitais, embora com atrasos, e o Hospital São José não precisava ter suspendido o atendimento”, explicou.
Sem cronograma
Durante a entrevista, Gilmar Carvalho foi incisivo ao afirmar que o calendário de pagamento só existe no imaginário da Secretaria de Saúde.
“Não há cronograma de pagamentos. Afirmo com base em documentos e planilhas que analisei e desafio a Secretaria Municipal de Saúde a apresentar esse cronograma, o que não vai ocorrer, porque não é real”, disparou o deputado.
O parlamentar assegurou que Aracaju recebe recursos do Estado e do Ministério da Saúde e, ainda assim, os contratos com os hospitais continuam sendo desrespeitados pela Administração Municipal.
Gilmar voltou a reivindicar do presidente do Tribunal de Contas de Estado, Clóvis Barbosa, uma solução para esse problema.
“Há 20 dias levei o caso ao TCE e até o momento nada mudou. Já ocorreram duas reuniões para discutir a problemática, sendo que o segundo encontro contou com a presença do secretário adjunto de Saúde do Estado, Luiz Eduardo, que apresentou uma perspectiva, mas que ainda não se cumpriu. Já o município, nem a secretária deixaram que fosse”, lamentou o deputado.
*Com informações da Assessoria do parlamentar
Foto: Maria Odília/Alese
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