Nesta quarta-feira, dia 21 de junho, a partir das 19h, a jornalista e pesquisadora Lu Almeida estará lançando em Aracaju o livro "Narrar a Ditadura: Gênero e Memória no Documentário Brasileiro".
"É preciso criar ações pedagógicas diante do legado da ditadura. O cinema pode e deve ser um agente nessa disputa de memória", afirma a autora.
O livro foi inicialmente lançado em dezembro de 2022, no Rio de Janeiro, como resultado da tese de doutorado no Programa de Pós-Graduação da Escola de Comunicação (ECO-Pós) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A noite de autógrafos será na Livraria Leitura no Shopping RioMar e o convite é aberto a todes. A publicação está na primeira edição pela Editora Appris.
Sinopse do livro
"Narrar a ditadura: gênero e memória no documentário brasileiro" é uma reflexão sobre a guinada subjetiva e o protagonismo das mulheres em narrativas documentais que tangenciam as memórias da ditadura civil-militar no Brasil. A partir da análise de oito documentários produzidos por diretoras, entre 1996 e 2013, identificam-se três mecanismos de reconstrução de histórias de vida e interpretação de uma memória pública: a prevalência do self, a exposição do fragmento de si, a montagem de relatos verossímeis diante da perda e do trauma de familiares. Essa produção cinematográfica Pós-Retomada caracteriza-se por narrativas construídas a partir de afetos subjetivantes e de uma perspectiva de gênero que imprime uma memória vicária no pós-ditadura. Ao passo que democratizaram afecções por meio de imagens pedagógicas sobre o passado, tais filmes deixam evidente como políticas de reparação, de justiça e de verdade ainda permanecem em disputa no país.
Mini-Biografia da autora
Lu Almeida é jornalista e pesquisadora doutora (UFRJ) e mestra (UFPE) em Comunicação. Atua nas áreas de Teoria da Imagem, Cinema Brasileiro e Latino-Americano, com foco em Memória, Gênero e História Oral. Já lecionou em instituições de ensino públicas e privadas, nas graduações de Jornalismo, Fotografia, Cinema e Audiovisual. Atua, também, como consultora de projetos culturais, assessora de comunicação e produtora de conteúdo para mídias digitais. Possui experiência em levantamento de arquivos e pesquisa para longa-metragem documental e ficcional.
Apresentação do livro pela docente Mariana Baltar (PPGCine-UFF)
Os feminismos, sendo atitudes teóricas e políticas, legaram para o pensamento crítico uma torção na forma do pesquisar e do pensar que ajudou a estilhaçar de vez concepções de método, de fonte e de objetos públicos; trazendo os olhares reflexivos para as esferas do privado, dos corpos, dos afetos. Hoje, nos tempos hipermodernos de saturação da individuação, a força política do testemunho parece ser facilmente desacreditada diante da cooptação espetacular dos modismos despolitizadores. Entretanto, eis que vêm os filmes, os livros e as mulheres autoras — como Luciana Almeida e as realizadoras que comparecem nas páginas deste livro — para nos relembrar, como diria Glória Anzaldúa, que realizamos, teorizamos e escrevemos para “registrar o que os outros apagam quando falo, para reescrever as histórias mal escritas sobre mim, sobre você”.
SERVIÇO
O quê? Lançamento em Aracaju do livro "Narrar a Ditadura: Gênero e Memória no Documentário Brasileiro". Publicado pela Editora Appris: Curitiba, 2022.
Onde? Livraria Leitura, Shopping RioMar
Quando? Dia 21 de Junho, quarta-feira.
Horário? A partir das 19h.
CONTATO
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