Poder e Cotidiano em Sergipe
10 de Maio 13H:09
PODER | Por Max Augusto

Mais de 340 mil sergipanos foram cortados do novo Auxílio Emergencial

No Brasil, cerca de 29 milhões ficaram fora

Mais de 340 mil sergipanos foram cortados da nova etapa do auxílio emergencial do Governo Federal. Exatamente 341.621 pessoas ficarão de fora. Em 2020 mais de 867 mil cidadãos foram beneficiados com a iniciativa. Já para este ano, a previsão é de que pouco mais de 526 mil sejam contemplados.

Os dados foram obtidos pelo movimento “Renda Básica que Queremos”, com base em registros do Ministério da Cidadania. O movimento lembra que este número supera a previsão inicial de que 17 milhões ficariam fora da nova rodada.

No Brasil
Em todo o país serão contemplados 39 milhões de brasileiros, segundo levantamento feito pelos organizadores do movimento, que é responsável pela campanha #auxilioateofimdapandemia.

No ano passado, foram beneficiadas 68 milhões de pessoas. Neste ano, ficarão sem o benefício 29 milhões de brasileiros. Ou seja: quase metade dos que receberam no ano passado (43%).

Além da quantidade menor de brasileiros que terão acesso ao auxílio emergencial, os valores também foram drasticamente reduzidos. Atualmente, são três faixas: R$ 150, R$ 250 e R$ 375.

Segundo Paola Carvalho, diretora de Relações Institucionais da Rede Brasileira de Renda Básica, uma das 300 organizações que participam da campanha, é muito cruel, neste momento de agravamento da pandemia e no qual as pessoas precisam ficar em casa para preservar a sua saúde, deixar de prestar socorro aos mais vulneráveis.

"Não temos vacina em quantidade suficiente e temos pesquisas que mostram o agravamento da fome no país. E o que o governo faz? Reduz a base de beneficiários, quando sabemos que não está cortando ‘gordura’, mas tirando quem mais precisa de proteção social neste momento", desabafa.

O novo valor do auxílio emergencial não é suficiente para comprar sequer 25% da cesta básica. O corte terá efeitos perversos também sobre a economia, especialmente o comércio, que luta para sobreviver diante de sucessivas restrições de funcionamento.

No ano passado, o auxílio emergencial ajudou a injetar R$ 294 bilhões, creditados para mais de 68,2 milhões de pessoas que receberam ao menos uma parcela. Pesquisas indicam que 53% desse total foram destinados à compra de mantimentos. Os mais impactados serão os trabalhadores informais, MEI e desempregados.

Com o fim do benefício, em dezembro do ano passado, quase 27 milhões de pessoas voltaram à pobreza extrema no país, sem conseguir garantir o sustento de suas famílias. Agora, sem emprego e sem o auxílio, Paola teme que mais pessoas atravessem a linha da miséria, pois ainda não há trabalho nem perspectivas a médio prazo. Atualmente, o Brasil convive com o recorde de mais de 14 milhões de desempregados e 417 mil mortos pela Covid-19.

 

Com informações do movimeno "Renda Básica que Queremos"

Comentários

  • Maria Aparecida 10/05/2021 às 14:05

    Simples!pedem ao congresso Nacional para doar a metade dos salários deles p complementar, NÃO digam que ñ podem!tudo pela PANDEMIA!fica a DICA

Deixe seu comentário

Imagem de Segurança
* CAMPOS OBRIGATÓRIOS

Newsletter

Cadastre seu e-mail e receba do nosso blog muitas novidades.