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14 de Maio 12H:06
COTIDIANO

Urna eletrônica: 29 anos como símbolo de inovação e segurança nas eleições brasileiras

Criado em 1996, o equipamento foi uma resposta direta a um histórico de fraudes que marcaram o sistema de votação manual do país

Em maio de 2025, a urna eletrônica completa 29 anos, sendo reconhecida como um dos principais marcos da modernização do sistema eleitoral no Brasil. Criado pela Justiça Eleitoral em 1996, o equipamento surgiu para combater práticas fraudulentas que marcaram as eleições manuais no país.

A criação da Justiça Eleitoral, em 1932, foi um marco histórico nas eleições brasileiras, pois, a partir daquele momento, seria organizada por um Poder Independente. Com a informatização do processo eleitoral o combate às fraudes ganhou força e atingiu e eficiência. A automação passou a ser essencial para reduzir ao máximo a intervenção humana, principal fonte de erros, tanto acidentais quanto intencionais. Antes da adoção da urna eletrônica, as fraudes eram frequentes e variadas, incluindo práticas como a “urna grávida”, em que cédulas já preenchidas eram colocadas antes do início da votação; a substituição de urnas oficiais por outras com votos falsos; o roubo de urnas ainda não utilizadas; o “voto formiguinha”, com reaproveitamento de cédulas desviadas; e o “voto em estoque”, em que cédulas de reserva eram preenchidas e inseridas indevidamente no processo.

A informatização do processo eleitoral representou uma virada de chave no combate às fraudes e na promoção de eleições mais seguras, ágeis e transparentes. O primeiro modelo da urna, o UE96, foi utilizado inicialmente em capitais e grandes municípios, alcançando cerca de 30% do eleitorado. Em 2000, o sistema eletrônico passou a ser adotado em todo o território nacional.

Desde então, a urna eletrônica vem sendo constantemente atualizada. O modelo mais recente traz melhorias em processamento, acessibilidade, segurança digital e sustentabilidade. Entre os avanços, destacam-se o uso de criptografia, lacres físicos reforçados, teclado com braile, voz sintetizada, intérprete de Libras e maior eficiência energética.

Outro passo importante foi a identificação biométrica que tornou o processo eleitoral ainda mais seguro, ao impedir que uma pessoa tente votar no lugar de outra e ao possibilitar a detecção de registros duplicados no cadastro eleitoral. Em Sergipe, aproximadamente 95% do eleitorado possui biometria cadastrada. As pessoas que fizeram o primeiro título na época da pandemia foram desobrigadas de registrar a digital. Porém o TRE-SE orienta que os eleitores que não possuem digital cadastrada procurem o Cartório Eleitoral mais próximo para atualizar o Título de Eleitor.

Ao longo de quase três décadas, nunca foi comprovada qualquer fraude nas urnas eletrônicas, o que reforça a credibilidade do processo. Mais do que uma ferramenta tecnológica, a urna eletrônica simboliza a consolidação da democracia no Brasil, representando a confiança do eleitor em eleições livres, seguras e transparentes.

Fonte: ASCOM / TRE / SE
Foto: ASCOM / TRE / SE

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